: entrevista
: por Flavia Berenhauser
Camila Milieme, aos 16 anos, já estava dentro do mundo eletrônico. Ela não perdia um Top DJ e aproveitava para sacar algumas técnicas. Hoje, aos 27 anos, Camila virou Kammy e toca ao lado de todos os seus mestres. Há pouco tempo foi considerada por Dave Clarke como a melhor revelação do techno da atualidade.

Na estrada há 7 anos, a DJ traz no seu currículo cinco turnês européias, uma na Ásia, e várias pela América do Sul e Central. Passou pelos mais importantes festivais da cena techno, entre eles Love Parade e Pukkelpop. Tocou também nos clubs mais conceituados da atualidade, como o Tresor, Blau Club, Rex e U60311. E a techno girl não pára! Ainda nesse semestre sai seu primeiro disco pela Missile Records, em parceria com Marcelo Schild .
Agora curta um bate papo bem legal com a Kammy...
Como é o público europeu de uma forma geral?
- No geral as platéias européias tem um nível musical de informação superior comparado ao Brasil. Quanto às reações de público, Espanha e Holanda são bem animados. Já pelo leste europeu eu acho o cenário um pouco mais frio, mesmo gostando muito de tocar por lá...
Qual foi sua pista mais animada, na Europa?
- Os holandeses, sem dúvida.
E conta para seu público curioso: O que não falta na sua mala quando você volta das turnês?
- Chocolate e balas Haribo!!
O que você tem vontade de levar do Brasil para Europa? E o que da Europa você traria para cá?
- Daqui levaria minha família, amigos, comida... e a praia! De lá gostaria de trazer o incrível Festival Awakenings, mais cultura musical... e o meu namorado!

Como você sentiu o nível dos nossos DJs nacionais, comparado aos europeus?
- O Brasil tem excelentes DJs, tanto quanto a Europa. Quantas vezes cansamos de ver por aqui, nós, brasileiros, tocando melhor que eles, né?
Você acha que ainda existe um tempo para algumas tendências chegarem por aqui?
- Eu não sou adepta do termo "tendência"; quem trabalha com ela é a mídia. Toco techno porque amo o que faço e não pretendo parar de tocar vinis tão cedo. Gosto do toque... a qualidade do som ainda é incomparável, na minha opinião. No dia que em que o vinil acabar certamente irei procurar outra profissão. Hoje em dia a informação de lá e daqui estão simultâneas. Só depende de quem quiser se informar.
E os lançamentos? Você acha que mundialmente todos têm acesso? Ou eles absorvem primeiro?
- Todos têm acesso nos dias de hoje com a internet! 10 anos atrás não era essa moleza, não.
>> não deixe de conferir na barra ao lado o set de Kammy gravado na Tresor
fotos: Levindo Carneiro