coluna :
CONEXÃO N.Y.Paulo Grillo
CONEXÃO MIAMI!
Uma das coisas ruins de Nova York é o longo inverno. Essa fascinação que brasileiro tem por neve, acredite, passa, depois de umas duas ou três nevascas. Basicamente, contando com o outono - que já é frio - são seis meses de casaco, cachecol, ceroulas, e nada, nada mesmo de bermudas ou regatas. Para um brasileiro, quiçá um carioca, não tem jeito: é hora de escapar para a Flórida.

A cidade é um balneário-metrópole/metrópole-balneário, assim como o Rio. Cariocas vão se sentir em casa. Agora, que é fim de inverno e início de primavera por lá, a moda continua sendo aquela nossa velha conhecida: bermudas, sungas, saias, shorts, tops, bonés, viseiras e óculos escuros. Talvez a diferença maior de Miami em relação ao Rio seja o desenvolvimento da cidade, tanto pela limpeza, arquitetura, quanto por aquela sensação de que do grosso de Nova York (como as grandes grifes e a praticidade das lojas de conveniência toda hora em todo lugar), tudo vai estar lá!

Primeira coisa a se dizer da praia: traga a sunga sim, esqueça essa lenda de que nos Estados Unidos você vai parecer ridículo usando uma. Passeie pela Ocean Drive (a Vieira Souto de lá), e escolha seu point. Indo em direção a downtown você vai estar no Art Deco Center. A Farme de lá é a 12th St. Anote bem o número da rua, se algum dia vier com o intuito de conhecer uns gatinhos. Há muita gente bonita desfilando pelas areias, e, super interessante: assim como o clima de "melting pot" de Nova York, nas areias de Miami Beach você vai ver gente de todas as partes do mundo.

Miami Beach é uma cidade um tanto quanto gay, no sentido de que se vê muitos meninos em clima de pegação (mais gays do que lésbicas). Em termos de night, entretanto, falta ainda um número maior de opções. No mainstream há somente dois bares/clubs para esse público: Score e Twist. É pouco! Score abre todos os seus ambientes somente às terças, sextas e sábados e o Twist, digamos, por ficar sendo a única opção na maioria dos dias e ainda de graça, junta todo mundo no mesmo lugar: dá aquela impressão que a casa quer faturar com a venda do bar, e esquece a importância de ter uma cara, um público certo. Também tem esse lance de, em cinco anos de clubbing, eu nunca ter visto uma boate tão escura: você não enxerga bem as pessoas.

E assim, mais importante do que tudo isso: não se deixe levar pelo pensamento de que você foi a Miami quando era pequeno ? naquele roteirão de excursão de brasileiro ? e que por isso agora é hora de visitar um outro lugar. Miami pode ser a melhor opção: um segundo lar para os cariocas!
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