31.3.06

ENTREVISTA - CASEY SPOONER

CASEY SPOONER (FISCHERSPOONER)
: entrevista
: por Dado Marietti



Dado Marietti conseguiu uma entrevista exclusiva com Casey Spooner, vocalista do Fischerspooner, para o site. Fisherspooner é uma dupla formada pelo próprio Casey, junto de Warren Fischer. Referência quando o assunto é electro, Fischerspooner vem a ser um entretenimento à parte. Show performático com banda, dançarinos e backing vocals. Remixes para TOPs como The Killers, Kilye Minogue, entre outros. Videos que mais parecem peças de arte e seus CDs aclamados pela crítica e pelo público. Confira o bate-papo...





DM - A crítica define sua música de várias maneiras: electrorock, electropop, electro. Mas como você a define?

CS - Eu nunca me preocupei com isso. Quando começamos a fazer música não existia uma cena que a gente fizesse parte e não existia um nome real para o que estávamos fazendo. Anos depois as pessoas começaram a tentar dar nome e definir o que a gente fazia. Eu acho que é melhor fazer o que se gosta e deixar os outros se preocuparem com os rótulos. É mais libertador trabalhar com formas que são difíceis de definir. Isso permite mais espaço para criar. Eu não defino, simplesmente faço.


DM - Quais são suas influências artisticas?

CS - Isso é uma constante mudança. Eu amo pintar, na verdade comecei minha vida pintando. Eu fiz faculdade de Belas Artes. Era isso que eu achava que eu seria para o resto da minha vida. Eu fiz muitos auto-retratos, mas pintar é uma arte muito solitária para mim. Por isso eu mudei, porque eu amo o aspecto social do que eu faço. O processo criativo e a apresentação são muito sociais. Mas eu ainda amo pinturas e a história da arte no geral. Eu amo Turner, Delacroix, Moreau, Delaroche, Gericault, e alguns outros. No momento eu estou adorando os pintores românticos. Um segredo: eu tenho uma amor incondicional pelo hall de pintores franceses do museu do Louvre, em Paris. O Louvre é um dos meus lugares favoritos no mundo, e foi lá que nasceu a fundamentação do Odissey, nosso segundo álbum.


DM - Em "Odissey", as letras são mais expressivas e sentimentais que em "#1", logo você divide o pessoal com o público. O que é a principal coisa que você quer que as pessoas aprendam ou saibam do Casey Spooner?

CS - Eu quero me conectar com as pessoas. Eu gosto de quando as coisas são tão específicas e pessoais que se tornam universal. Isso é um lugar difícil de se chegar. Eu acho que as letras em "#1" são tão expressivas quanto em "Odissey" mas a maneira que lidamos com o a voz mudou. Principalmente porque agora você pode escutar o que eu digo e a voz não ficou tão estilizada e robótica. Mas músicas como "Sweetness" e "Emerge" são intensamente pessoais.


DM - A música chamada "We Need A War" é um ataque massivo ao abuso político de poder. O que você acha de George W. Bush?

CS - Eu não gosto do meu presidente. Ele não representa meus interesses e nem o da maioria das pessoas que estão a minha volta.


DM - Como você se sente em relação ao "#1" nos dias de hoje?

CS - Eu amo e sou muito grato a tudo ter acontecido da maneira que aconteceu. Eu não poderia ter escrito uma estória melhor se eu tentasse. "#1" é mais que um álbum e um show. É uma sociedade e uma filosofia. Foi de fato um momento incrível que capturou o espírito do momento, e o momento era a mudança de século.


DM - Foi lançado uma edição limitada, e que não foi vendida, do DVD "#1". Existem planos de lançar algum DVD para o público em geral?

CS - Não existem planos para fazer outro DVD por agora. Foram muitos anos de produção que levaram ao lançamento do DVD "#1". Nesses anos muita arte gráfica foi gerada. Talvez daqui há alguns anos nós teremos criado um corpo gráfico similar que seja merecedor de um DVD, mas ainda não.


DM - Os videoclipes do Fischerspooner apresentam uma qualidade artística, criativa e em muitos, um conceito inovador, o que faz dessas produções serem aguardadas até pelos que não gostam da músicas em sí. "Never Win" foi o último vídeoclipe que vocês fizeram. Existe algum novo em fase de produção?

CS - Não existem planos para fazer um videoclipe por agora. Estamos focados principalmente em produzir filmes, fotos, e performances. Essas coisas não se encaixam em nenhum formato nem em datas de lançamentos, mas parece que está na hora de voltarmos às nossas raízes e fazer coisas que são mais complicadas e menos tradicionais.


DM - O que você tem escutado por agora?

CS - Um cd mixado por uma DJ chamada Colin Peters, que esteve em Ibiza nesse último verão e um artista turco chamado Burhan Öçal & The Trakya All Stars.


DM - Você tocou no Brasil num festival em abril de 2004. Qual foi a sua impressão do país e das pessoas?

CS - Eu estive no Brasil por um dia. Eu tive que voltar pra NY para gravar o "Odyssey" porque estávamos num prazo apertado. Então, infelizmente, eu ainda tenho que ter a chance de realmente descobrir o Brasil, o que eu pretendo fazer em breve. Eu escutei coisas ótimas sobre a noite de São Paulo e da cultura de praia do Rio. Me tragam de volta!!!


DM - Bem clichê, mas vamos lá. Eu falo uma palavra e você me responde com a primeira coisa que vier a cabeça.

Amor: Sexo oral
Música: Petit-Poi
Sexo: Ah, pode ser aqui mesmo. Rs.
Drogas: Café
Primeiro namorado: Michael Stipe [R.E.M.]
Casamento: Um closet maior
Nova Iorque: Andar
Warren Fischer: Estúdio caseiro e copiando CDs o tempo todo
Vida: Cinema

27.3.06

SKOL BEATS LINE UP

SKOL BEATS 2006 - LINE UP OFICIAL


Saiu o line up oficial do Skol Beats 2006, que esse ano espera reunir mais de 70 mil pessoas, tornando-se o maior festival de música eletrônica da América Latina. O mega evento rola dia 13 de maio, em São Paulo.

ProdigyFaltam grandes novidades... Mas tem muitos nomes bons. A tenda Tribe é uma parceria com um núcleo de trance e espera atrair um grande número de pessoas, como vem fazendo em seus eventos. Resta saber se com esse line up irá conseguir, já que os próprios eventos de trance no Brasil inteiro têm tido line ups bem mais poderosos.

O house que sempre teve uma tenda bacana está meio perdido...

Os cariocas quase ficaram de fora... Roger Lyra é representante.

E a polêmica vai começar... como ocorre todos os anos!

Confira:


SKOL LIVE STAGE

16:30 - 17:30 Drumagick (live)
17:30 - 18:30 Renato Ratier
18:30 - 19:15 Julio Torres - Crossover (live)
19:15 - 20:00 Gui Boratto
20:00 - 21:00 THE BAYS (live)
21:00 - 21:30 Bungle
21:30 - 22:30 DJ Patife & Bocato Brazilian Allstars feat Cleveland Watkiss (live)
22:30 - 23:15 Gil Barbara
23:15 - 00:15 LCD SOUDSYSTEM (live)
00:15 - 01:00 Vitor Lima
01:00 - 02:30 PRODIGY (live)
02:30 - 03:30 Renato Lopes
03:30 - 04:30 Spitifire (live)
Timo Maas04:30 - 06:00 Plump DJs
06:00 - 07:00 Renato Cohen (live)
07:00 - 09:00 Anderson Noise & Mau Mau



THE END

16:00 - 17:00 Techjun
17:00 - 18:00 Hopper
18:00 - 19:00 Gu
19:00 - 20:00 Aninha
20:00 - 21:30 Loco Dice
21:30 - 23:30 Tiga
23:30 - 00:30 Fabricio Peçanha
00:30 - 02:30 Timo Maas
02:30 - 05:30 Svën Vath
05:30 - 07:00 Mistress Barbara
07:00 - 08:00 Murphy
Gabriel & Dresden


DJ MAG

16:00 - 17:00 Mora
17:00 - 18:00 Leo B
18:00 - 19:00 Paulinho Boghosian
19:00 - 20:00 Mario Fischetti
20:00 - 22:00 Martin Solveig
22:00 - 23:30 Gabo
23:30 - 01:30 Steve Angello
01:30 - 03:00 Carlo Dall?anese
03:00 - 05:00 Gabriel & Dresden
05:00 - 07:00 Armin Van Buuren
07:00 - 08:00 Roger Lyra



DJ MARKY & FRIENDS

16:00 - 17:30 Roots
17:30 - 19:30 César Peralta & Beto Dogface
19:30 - 21:00 Bad Boy Orange
21:00 - 23:00 Makoto
Mistress Barbara 23:00 - 01:00 DJ Marky
01:00 - 03:00 DJ Hype
03:00 - 05:00 Andy C
05:00 - 06:30 DJ Andy
06:30 - 08:00 DJ Marky & Patife

Hosted by:

Eksman
Stamina MC
Dynamite MC
MC Lucky


PALCO TRIBE

20:30 - 21:30 Pedra Branca
21:30 - 22:30 D-Nox & Beckers (live)
22:30 - 23:30 Rafael Dahan
23:30 - 00:30 Rica Amaral
Martin Solveig 00:30 - 01:30 Rodrigo Leal
01:30 - 02:30 Lívia
02:30 - 03:30 Dimitri Nakov
03:30 - 04:30 Marcello VOR
04:30 - 05:30 Wrecked Machines (live)
05:30 - 06:30 Du Serena
06:30 - 07:30 Astrix (live)

24.3.06

CIC Tour

MARCELINHO CIC TOUR
: diário de bordo



O DJ carioca Marcelinho CIC desembarcou na quarta-feira no Rio de Janeiro, chegando de sua primeira turnê européia. CIC se apresentou na Hungria, Romênia, Russia, Áustria e França onde pôde mostrar um pouco do seu trabalho entre gigs e entrevistas.



A primeira parada de sua tour foi no Empire Club, na Áustria, no dia 14 de março. "Fui muito bem recebido pelos DJs residentes e que a vibe foi incrível. Lá optei por um set repleto de groove techno, que empolgou bastante uma lotada pista austríaca.", disse o DJ. Logo no dia seguinte, já na Hungria, juntou-se ao DJ Budai e DJ Vic e produziram novas faixas. Para quem não conhece, Budai é o conceituado DJ da Hungria (EGO TRAXX RECORDS) que convidou CIC e Wehbba para mixarem seu próximo lançamento, que deve chegar às lojas no meio do ano. "Foi uma experiência muito boa, tenho muito a agradecer a dupla que me recebeu como um grande irmão. Espero junto com o Wehbba fazer um grande trabalho neste próximo álbum." disse Marcelinho.


No dia 16, ele teve a chance de mostrar seu trabalho para o público romeno. CIC começou a trabalhar nos Warm-Ups do grande acontecimento de sua tour, o Festival MAYDAY. Na Romênia, o DJ pôde participar de programas de rádio, televisão e mostrar seu trabalho no Club Rotary. Seu techno foi recebido com bastante empolgação pela pista. "Fiquei surpreso em ver que a cabine do DJ era no meio da pista em forma de circulo onde você via as pessoas bem próximas e de todos os ângulos." afirma.


De volta à Hungria no dia 17, o DJ e produtor brasileiro foi convidado a participar de um programa na maior emissora de TV focada no publico jovem, e que também transmite a MTV INTERNACIONAL para toda a Hungria: a VIVA TV. Mas ainda no mesmo dia, participou do Rádio Show "Castle", em uma famosa rádio na Rússia. "A rádio era enorme e tinha sua sede em um castelo medieval. Além disso, tive a chance de conhecer e ter contato com Secret Cinema.", completa CIC.



Finalmente chegou o dia 18 de maio, o ponto forte da turnê. O Festival MAYDAY recebeu grandes nomes da cena eletrônica mundial e reuniu cerca de 10.000 pessoas no Sportarena, um enorme ginásio em Budapeste. Marcelinho CIC entrou no som depois de seu amigo Budai. O grande desafio estava no conhecimento do público. O público do MAYDAY tem uma cultura musical muito grande e haviam ido lá para ver seus ídolos. Finalmente, dia 20, Marcelinho partiu em direção a França para uma rápida entrevista numa filial da VIVA TV. "Foi uma experiência inesquecível", afirma.



Marcelinho CIC volta à Europa nos meses de Julho e Agosto, só que desta vez para tocar em novos clubes e apresentar-se em outro grande festival.


>> Assista o DJ Marcelinho CIC no Festival Mayday acessando o link:
marcelinhocic.com/movies/

21.3.06

VIDEO - SKAZI

SKAZI IN CONCERT
:: video




Confira o vídeo que fizemos do final da apresentação do Skazi no Chemical Music Festival 2006 (RJ).

Apresentação "in concert", com orquestra e tudo!

Detalhe: "puta que o pariu!"





I wish to give, to take, to make, to check, I wanna see it happen

I want to see, to be, the one that plays the game without no
fears and regrets
I want to know you, better than I know myself
I want to feel the end, and enjoy the consequence

I'm playing the game
the one that will take me to my end
I'm waiting for the rain
to wash who I am

I want to move, to loose, to take the grooves, and to give it
all back
I want to take the time rewind, and to kick it right from the
start
to be unknown and all alone, lose the kind that are behind
to start a new play by myself and to give the best I have

I'm playing the game
the one that will take me to my end
I'm waiting for the rain
to wash who I am

10.3.06

ENTREVISTA - DIGITARIA

DIGITARIA
Por Dado Marietti
:: entrevista



Eles chamaram atenção do dono da International Gigolo Records. A banda Digitaria - formada por Daniela Queiroz, Fabiano Fonseca, Nest e Daniel Albinati - é um case de sucesso no mercado nacional. Produzindo e tocando música de qualidade, esse quarteto acaba de lançar um álbum através do principal selo de electro do mundo. O que essa banda mineira tem de especial?! O CC foi conversar com eles...





DM: Qual o conceito do Digitaria?

DG: O Digitaria é uma banda formada por Daniel Queiroz, Fabiano Fonseca, Nest e Daniel Albinati. E quanto ao conceito, nós simplesmente fazemos o que sentimos vontade. Temos liberdade total de criação, sem rótulos ou idéias pré-definidas. O Digitaria é a soma de nossas idéias, influências, sensações, experiências e sentimentos em forma de música.


DM: Vocês são os primeiros brasileiros a lançarem um álbum pela Gigolo Records, o conceituado selo do DJ Hell. Como ele ficou sabendo do trabalho
de vocês?


DG: Em 2004 o Fabiano estava na Itália, e foi convidado para uma festa fechada onde o Hell estaria tocando. Eles se encontraram e o Fabiano passou um CD demo nosso pra ele, junto com uma foto. Ele disse que éramos uma banda do Brasil, que misturava rock com música eletrônica, que admirávamos muito a Gigolo e o trabalho dele. Depois de algum tempo ele nos escreveu, dizendo que havia amado a nossa música e que queria ouvir mais. Mandamos mais material e ele, por coincidência, estava vindo passar férias no Brasil. Nos encontramos com ele no Rio, e ele pediu pra ver um show nosso. Voltamos para Belo Horizonte e em dois dias arrumamos um show nosso com ele tocando depois. Foi uma noite inesquecível. Daí pra frente os nossos laços com a Gigolo tornaram-se cada vez mais sólidos.


DM: Nessa última visita do Hell ao Brasil, vocês aproveitaram para lançar o álbum logo por aqui. Como foi promover o álbum pelo país junto do próprio Hell?

DG: Foi ótimo. Tocamos junto com ele em algumas datas, e aproveitamos para trocar várias idéias e planos. Ele passou umas três semanas com a gente em BH, no nosso estúdio. Além dos compromissos profissionais e artísticos, nos tornamos grandes amigos.


DM: E como anda o lançamento mundial? Processo de divulgação, singles, datas?

DG: Agora em Março sai a Gigolô Compilation 9. O Digitaria tem uma faixa nesse disco ao lado de nomes de peso como o próprio Hell, P. Diddy, Grace Jones, Fischerspooner, Miss Kittin, entre outros. Para nós é uma honra imensa ser um pedacinho desta história que tanto admiramos. No fim de Março sai o single da música ?Teen Years?, em vinil para DJs, com um remix do duo sueco Zoo Brasil. E o álbum sai lá fora em Junho, quando vamos para a Europa fazer shows e divulgar o disco o máximo possível.



DM: Quais artistas são referências para vocês?

DG: Têm vários. De Vitalic a Leonard Cohen, de Altern8 a Nirvana, de Radiohead a Dopplereffekt, de Depeche Mode a Suicide. Somos quatro pessoas com background muito diferente, vivências diferentes. Gostamos muito de Rock, Techno, Electro e música Eletroacústica.


DM: Como seria o show dos sonhos de vocês?

DG: Poderia ser num festival para 3000 pessoas ou num inferninho para 100. O que importa mesmo é ter um público legal e aberto e a gente se divertindo tocando em cima do palco. Se tiver isso é o show dos sonhos!



website oficial: www.andarestudio.com.br/digitaria/