31.10.06

ENTREVISTINHA - M-VEE

: ENTREVISTINHA COM DJ MARCUS VINÍCIUS
: por Andre Garça






CC - Você lançará um CD duplo em Janeiro de 2007, pela Som Livre. Qual a diferença do lado A para o lado B?

MV - A idéia de fazer um CD duplo partiu, em princípio, da quantidade de músicas boas que temos rolando por aí. Ficaria muito complicado eleger apenas 14 ou 15 músicas para o CD e com certeza ficaríamos com um repertório muito restrito. Mas um outro fator que nos fez pensar no álbum duplo foi a diversidade de estilos que hoje a noite GLS consome: house, tribal-house, electro, electro-tribal, progressive, etc. Teremos diferenças entre os dois CDs: O CD White será um pouco mais comercial com a grande maioria dos hits. Podemos citar alguns já confirmados: Starkillers - Discoteka, Mink - Glory of Love, Black Spider - Heart of the sun, Solu Music - Fade, Jimmy James - Fashionista, Rihana - Unfaithful, Offer Nissim - Alone, Tony Moran & Deep Influence - Café com Alegria e o hit do momento: Feel my house music, do Luis Erre. No CD Black teremos um pouco mais de "peso" e conceito como é o caso das faixas: DJ Chus - That Feeling, DJ Tatana feat Joanna - If I could, Outwork - Electro, The Egg - Walking away, Saxo - La bruit de la forret, Til Westwood - The Same Man, Kobbe & Terranova e a novíssima Slave. Minhas produções, do meu prjeto Love Groove, também estarão no CD: "My Otherside" (2007 Ferosh Rework), "Animal Love" e "Everybody's Free" (feat Rozalla).


CC - O que passou na sua cabeça quando soube que sua produção "My Otherside" foi tocada por Offer Nissim em São Paulo?

MV - É fantástico você saber que um DJ como Offer Nissim tocou uma produção sua; só quem produz sabe o que isso representa. Offer recebeu a faixa "My Otherside" das mãos da Tracy Young. Ela me disse que quando tocou a música e Offer ouviu, teve que dar o CD pra ele assim que a música acabou... (risos) Adorei!!! Além de você saber que DJs TOP tocam a sua música, o mais legal é saber que eles querem colocar em suas compilações, como é o caso da Tracy, que vai colocar uma nova versão de "My Otherside", que fiz especialmente para ela, no seu novo CD que sai em Janeiro.


CC - Depois de 2 anos você finalmente vai tocar na E.njoy (nov/006), a festa do Cena Carioca. O que o público pode esperar?

MV - Fiquei muito muito feliz com o convite. A E.njoy é uma festa, que apesar de nova, chegou com um conceito e uma maturidade impressionante. Goodvibes, inovação, criatividade, ousadia e bom gosto, muito bom gosto; esses são os adjetivos que uma fasta precisa para ser uma grande festa, adjetivos esses que você encontra em todas as edições da Enjoy. Não tenho palavras para agradecer o convite! :) Do meu set o público pode esperar muita energia, um som mais europeu (que é o que costumo fazer quando faço o warm-up, e produções novas do Love Groove (rs). Que venha a E.njoy!



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+ info:
MySpace.com/lovegroovebymvee

DAFT PUNK IN RIO

DAFT PUNK @ TIM FESTIVAL
: vídeos


Trechos da show do Daft Punk em sua passagem pelo Tim Festival (Marina da Glória), em 27 de outbro de 2006.


1 - Technologic





2 - One More Time





3 - Around The World





4 - Too Long

24.10.06

videos São Paulo

VÍDEOS - SÃO PAULO


: THE WEEK

Offer Nissim arrasando e mixando na The Week, na festa comemorativa dos 2 anos da Babylon.






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: MAGMA & SALVATION

Muitas performances marcaram a festa...




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20.10.06

Renato Rossoni - Happy Valley


: CONEXÃO NEW YORK

WELCOME TO THE HAPPY VALLEY
: Por Renato Rossoni


Difícil começar qualquer coluna que exponha a cena eletrônica/glam/underground nova-iorquina (e seus personagens absurdamente deliciosos) sem falar sobre as incríveis terças na festa HAPPY VALLEY TUESDAYS, dos promoters Suzanne Barsch e Kenny Kenny. Pegue já papel e caneta e anote o endereço: 14 E 27th Street, entre as avenidas 5 e Madison.



É lá, em meio a gays, caretas, modelinhos, e umas senhorinhas mucho lokas, que os alguns cuties da cidade dão muita pinta comandados pela musa do fotógrafo David La Chapelle, Amanda Lepore.



Amanda é ícone e símbolo máximo da cena electro de Nova York. Descoberta no início dos anos 90 pelo famoso promoter Michael Alig (vivido no cinema por Macauly Culkin, em "Party Monster"), a "moça" - nascida Armand Lepore ? é o centro das atenções do subsolo do club... Onde fica a pistinha mais bombada. Aliás, se você espera encontrar algum gênero específico de música... Forget about it! O lema para aqueles que freqüentam o Happy Valley é HAVE FUN. Espere de tudo: de rockinhos clássicos ao techno, além de muitos hits de Electroclash* (aqueles que a gente tá bem acostumado a ouvir nas pistas brasileiras). Ah! Não estranhe também se o DJ soltar algum funk carioca. Não tô falando que dá de tudo? Yes, Sir... Funk carioca na linha Deize Tigrona. Tá? E no andar térreo, com direito a um mega globo de espelhos onde fica a cabine do DJ (qualquer semelhança com o último show de Madonna não deve ser mera coincidência), o animadão Larry Tee é quem comanda as pick-ups. Para quem conhece Mr Tee vai ser fácil imaginar ele dentro de uma disco ball administrando tudo, com aquele jeito de quem sabe exatamente o que o povo quer. Se liga que Larry Tee também se apresenta no Club DUVET, às quintas, e na Bank Club, aos sábados. O cara não pára!!!





Projetado pelo designer de moda Jeremy Scott, o Happy Valley (nas terças) é de longe uma das noites mais divertidas da Big Apple. Não deixe de conferir.


Dica: em NYC, quando as boates lotam só quem "está na lista" consegue entrar. Então corre no site www.happyvalleynyc.com e já subscribe... Pra depois não ficar de fora. ; )



Fotos: Fred Vannucci Braz

12.10.06

ENTREVISTA - 808SEX

808SEX
: entrevista
: por Dado Marietti






DM: Se vocês tivessem que definir a banda por um poema de Bukowski, qual seria?

808Sex: Seria o "Some Of My Readers" (Algumas das Minhas Leitoras), que inspirou a letra da nossa música "Missed Them".


DM: Como a banda começou de fato? E quem é responsável pelo o que exatamente?

808Sex: Chernobyl e Samantha estavam ouvindo Miss Kittin no carro após várias doses de saquê, Samantha X queria saber o q era 808, e explicamos que era o modelo da bateria eletrônica mais old school do electro. Fomos ao Beco, casa underground de electro-rock de Porto Alegre, e dançamos muito. Como o Chernobyl já vinha fazendo um trabalho de electro, resolvemos juntar as forças a vontade de cantar de uma menina jornalista e o peso da guitarra do Nando. Inventamos a 808Sex. Portando, Nando é o guitarrista, Samantha X no vocal e Chernobyl na produção eletrônica e DJ. Ah, e todos compõem.


DM: Esse é o primeiro show de vocês no sudeste, e numa boate clássica da noite eletrônica carioca, o Dama de Ferro. Vocês acham que esse pode ser o início de um sucesso no eixo Rio - São Paulo?

808Sex: Estamos loucos pra fazer esse show no Dama, e isso já é um namoro antigo com o Moreira, produtor da Electroboogie. Finalmente acertamos as datas e, com certeza, a partir desta sexta-feira 13 queremos começar um trabalho no eixo Rio - São Paulo. Já temos shows agendados em SP e Florianópolis também, fora Porto Alegre e na Oktoberfest (surreal!).


DM: De artistas de música eletrônica, quais são referências para vocês?

808Sex: Tem muita gente contemporânea fazendo coisas boas, mas preferimos nos inspirar em gente mais antiga para, a partir daí, criar algo novo. Kraftwerk, Alien Sex Fiend, Devo, Afrika Bambaataa e Ministry Of Sound nos dão a base que mixamos com Hole, Cindy Lauper, Le Tigre, Peaches e por aí vai.


DM: Chernobyl, você está produzindo o novo CD da Deise Tigrona. Podemos esperar um encontro do funk carioca com o electro?

808Sex: Serão vários produtores, até onde eu sei. Mas onde estou botando a mão, estou dando um caráter mais electro com miami bass, menos tamborzão. A faixa "Nove Dedos", produzida por mim, já está entrando numa compilação japonesa de funk, pelo selo KSR, que lançará Turbo Trio também.


DM: A estética do vídeo "#26" de vocês é simples, bonita e vendável. Existe uma preocupação em não se limitar apenas ao underground?

808Sex: A nossa preocupação está em fazer boa música pesada e dançante, e fugir de qualquer padrão de rádio do Brasil. O clipe ficou bonito e vendável por bom gosto de todo pessoal que trabalhou, mas nosso próximo poderá ser uma "trasheira-sangrenta". Quem sabe? O underground já adquiriu outras maneiras de se expor, como a internet, que é totalmente responsável pela nossa divulgação.


DM: Como andam as gravações do vídeo de "Let Me Go"? Qual o conceito do vídeo? Quem vai dirigir?

808Sex: "Let Me Go" ainda está na fase do roteiro, será dirigido por Marcello Lima também. Nesse clique queremos mostrar o clima 808Sex show, em um ambiente mais industrial, dark, obscuro, sujo e pesado.


DM: "808 é referência à clássica bateria eletrônica TR 808 utilizada na década de 80, e SEX fica por conta da sensualidade irrevogável aplicada nas composições." As letras de vocês falam, além de sexo, sobre o quê?

808Sex: Além de sexo, falamos de mau-comportamento, maus-hábitos e vícios que consideramos características de todos os seres humanos. Fraquezas, desejos proibidos, amores doentios...

Trecho de "Expecting Your Love":
"Memories out of my mind
I don?t remember what I did last night
Totally out of control
Devil blows my destiny
It?s something I know"



DM: O espaço no Brasil para bandas de música eletrônica é bem reduzido, tanto que o Bonde do Rolê (que foi produzido pelo Chernobyl), Digitaria e o Cansei de Ser Sexy, que está lotando os clubes pela Europa, estão focando o mercado internacional. O que vocês pensam em fazer, ficar no Brasil ou ir buscar espaço no mundo eletrônico europeu/americano?

808Sex: Na verdade queremos ser reconhecidos aqui e fora, mas sabemos que no país do techno-brega a coisa é limitada, porém aumenta cada vez mais. Então sempre estamos enviando material para fora do país porque achamos que 808Sex tem uma linguagem mundial e muita gente pela internet fica surpresa quando descobre que somos do Brasil.