29.12.04

ENTREVISTA _ FÁBIO MONTEIRO

POR TRÁS DA CENA _ fábio monteiro
_ entrevista
_ Por Andre Garça


ELE É "O CARA" DA NOITE CARIOCA!


Fábio Monteiro é quase um mito na cena. Os mais novos olham com curiosidade. Os amigos o chamam de Fabinho. Por trás da figura calma, serena e misteriosa está um dos mais respeitados empresário de festas no Rio. Muitos se aproximam, poucos ficam. Os anos de noite o fizeram ser mais reservado... Sua casa é seu templo. Sua noite, suas festas.

Em 93, formado em Desenho Industrial e dono de uma confecção, Fábio Monteiro começou a fazer festas com sua amiga, Valéria Braga. Nascia ali a VALDEMENTE, ícone de uma geração. De lá pra cá, muita coisa mudou: a parceria acabou, brigas de egos, concorrência acirrada, novas locações, mudanças de djs... Mas uma coisa é certa: A X-Demente é hoje a principal festa de house que temos no Rio.

Sua pista é sempre animada, bonita, com várias turmas e muitas barbies. A "X" é referência internacional, fazendo festas históricas no final do ano e no carnaval. Já trouxe DJs renomados como: Paul Oakenfold, Peter Rauhofer, Billy Carrol, Tony Moran, Kimberly S., Brett Henrichsen, só para citar alguns.

Confira o bate-papo que tivemos com "O cara":


CC - QUAL FOI SUA MAIOR MOTIVAÇÃO PARA COMEÇAR A FAZER FESTAS?

Desde que fui morar sozinho, aos 19 anos, minha casa sempre foi uma festa todos os finais de semana. Isso antes mesmo de dar a minha primeira volta ao mundo, aos 20 anos, e ver o que acontecia lá fora. Quando voltei já estava com a cabeça aberta de vez e me guiando à partir de outras referências que não do mundinho aqui na época, onde ninguém podia ser visto entrando numa boite gay. No que chamam a VALDEMENTE zero, que foi o aniversário da Val na minha casa, contei de manhã 23 buracos de cigarro no carpete, além de receber um abaixo assinado cujo objetivo era a minha expulsão do prédio. Imagine como foi a ferveção!? Só para os curiosos, moro no mesmo endereço até hoje. Ainda me lembro quando acabou a bebida no meio da festa e sai com a Val no seu "dodjão" (Dodge). Naquela hora eu perguntei pra ela: "Vamos fazer uma outra festa em um lugar maior?". Foi assim que tudo começou...


CC - A VALDEMENTE COMEÇOU EM 93. 11 ANOS DEPOIS, O QUE MUDOU?

A VALDEMENTE, apesar da geração mais nova e atual talvez não saber, foi na época um marco em todos os sentidos: comportamento, atitudes, preconceito e influência na moda. Após muitas capas e entrevistas em jornais, o underground - e o que hoje também é considerado gay - chegou as beiras de virar mainstream. A ValDemente durou dois anos e meio. Onze anos depois (apesar de meio tímido, vou falar): a cena hoje, principalmente no Rio, é muito mais livre e menos preconceituosa e, os antes considerados meio que outsiders, são não só mais aceitos, mas respeitados pelo estilo de vida. Falando tecnicamente, a festa é outra história! A tecnologia junto com a minha exigência cresceu em termos de luz, som, decoração, técnica e etc. Fico feliz em ver essa garotada nova que chega na festa pela primeira vez, aos 20 anos, e se surpreende muito ao encontrar esse "prato" já pronto para se deleitar. Agradeço ao Cena Carioca a oportunidade de falar sobre esse background para que essa historia não fique perdida no tempo.


CC - VOCÊ AINDA FALA COM A VALÉRIA BRAGA?

A última vez que vi a Val foi na minha festa há uns três anos. Ela é uma pessoa doce e querida, mas infelizmente ela era o carro chefe na época (até porque eu não gostava de aparecer e sim de produzir) e não conseguiu segurar a onda do assédio. Não temos mágoas. Pelo pouco que sei ela mora em fortaleza com seu bofe e não quer saber mais do passado.


CC - QUAL O SEGREDO DO SUCESSO? O QUE A X TEM QUE AS OUTRAS FESTAS NÃO TÊM?

É obvio que segredo é segredo!!! Mais pelo que me conheço, peco pelo capricho, além de ser eu mesmo quem cria os cenários, e estimulo a equipe a usar novos equipamentos, além de driblar a concorrência (o que já estou acostumado faz tempo). Posso contar apenas parte do segredo: É não ser egocêntrico e respeitar o gosto do que é novo, mesmo que as vezes você não o tenha entendido. O público também manda.


CC - O QUE FALTA NA CENA NORTUNA DO RIO?

O que falta é toda essa mudança entrar na cabeça dos que "mandam no rio" (entendam como quiser). A beleza da cidade mais a beleza dos cariocas e seu jeito único de ser (olha que já viajei bastante), por incrível que pareça ainda passa desapercebido pelos que mandam nessa cidade. O Rio não deve nada - e porque não falar - até ensina muita coisa às metrópoles mais divertidas e conhecidas do mundo. Os mais antenados lá de fora têm o Rio marcado na sua agenda de viagens anualmente (sem exageros).


CC - QUAL A DIFERENÇA ENTRE A BARBIE DE HOJE E A DE ONTEM?

Barbie é coisa do passado. Isso era uma brincadeira entre amigos que foi descoberta pela imprensa em janeiro de 94. Mais se for para traduzir numa linguagem atual, quer dizer, é que o sentido é o mesmo. Ser homossexual não é ser bichinha nem rodar bolsinha. Pode ser coisa de homem mesmo! Quem quiser saber mais detalhes dessa época e outras coisitas, indico o livro "Babado Forte", da Érika Palomino.


CC - VOCÊ FREQUENTEMENTE TRAZ DJS INTERNACIONAIS PARA TOCAR NAS FESTAS. QUAL FOI A EXPERIENCIA MAIS BACANA E QUAL FOI O DJ QUE NÃO SUPEROU A EXPECTATIVA?

Por superstição, prefiro não falar de coisas negativas. Então respondendo a sua pergunta, quem me surpreendeu mais foi o Paul Oakenfold, que caiu nas minhas mãos de graça, por incrível que pareça, apesar de na época já ser o número 1 do mundo. Não sou tranceiro, mas ele arrebatou a multidão que dançou na Fundição até o meio dia. Até os que torciam o nariz eu vi lá.


CC - QUAL SEU CLUB CARIOCA PREFERIDO?

É chato ter que falar isso, mas para os que me conhecem não é surpresa. Saio pouco e gosto mesmo (fora as minhas festas) é de estar na casa de amigos e de um bom bate papo. Apesar disso, é óbvio que sei quem é quem e admiro o trabalho de alguns, que são poucos. Se for pra falar sobre isso só diria uma coisa: o que muda tudo é uma palavra que se chama atitude!


CC - HOUVE UMA TENTATIVA DE FAZER UMA NOITE SEMANAL DA X NUM CLUB, NO JOCKEY, MAS NÃO EMPLACOU. O QUE VOCÊ ACHA QUE SAIU ERRADO?

Naquela época eu andava meio nublado. Pra ganhar você também tem que saber apostar e saber a hora de recuar.


CC - A SUA FESTA TEM ALTERNADO ENTRE DUAS LOCAÇÕES INCRÍVEIS: FUNDIÇÃO PROGRESSO E MARINA DA GLÓRIA. QUAL O SEU PREFERIDO E POR QUÊ?

Amo os dois. Um é o inverso do outro. É como a noite e o dia. A diversidade agrada a todos.


CC - FALE UM POUCO DAS FESTAS QUE VÃO ROLAR NO REVEILLON (30/12 E 01/01). QUAIS AS NOVIDADES? DJS?

Tenho uma certa obsessão: gosto de surpreender sempre! Apesar de tudo ser feito tecnicamente, o resultado só se enxerga na hora. Pra mim quando está no ponto é quando eu sinto que as pessoas vão chegar e falar "ÓÓÓÓÓh!", o resto é marketing. Brincadeirinha, o que me motiva e me faz feliz é ver a felicidade do público na festa. Esse é o meu combustível desde sempre. Não costumamos falar tudo de uma vez... "We do it in drops"... Faz parte do show. Para os que quiserem saber em primeira mão, cadastrem-se no nosso site www.xdemente.com e receberão as informações via e-mail.


CC - QUER DAR UM RECADO PROS LEITORES DO SITE?

Essa pergunta é uma passada de bola tão grande que nem sei direito como responder.
O que me vem a cabeça agora é o que eu já disse antes: "Idéias" SEM ATITUDE são só idéias! Viemos ao mundo para sermos felizes, seja lá como for, mais sem esquecer o respeito... às vezes, temos que tolerar certos limites. Os limites mudam de tempos em tempos. Cabe a quem quiser, meter o pé na porta! E assim o mundo muda e gira.
Aproveitando a data: felicidades, atitudes e amor para todos!

18.12.04

DJ Alyson Calagna

DJ Alyson Calagna

Pela primeira vez no Brasil, convidada pelo produtor Orlando Capaluto: Alyson Calagna.

SUA CARREIRA

A paixão pela música começou bem cedo na vida de Alyson Calagna. Ela viveu parte da sua infância em Aberdeen, Escócia, quando embarcou inicialmente no mundo da "house music". O house music despertou algo, que a seduziu desde o primeiro contato com a música.

Quando completou 16 anos de idade, já vivendo em Lafayette, Louisiana, tiveram início suas chamadas para as pick-ups. Em pouco tempo, popularmente conhecida no meio da house music naquela cidade, tornava-se residente do Images Nightclub. Foi nessa época, que desenvolveu seu estilo pessoal no segmento da house music.

Em 1988, obteve o segundo lugar no Spin Off da DDK em Atlanta e acabou ganhando um assento na comissão de Bares e Clubs de Orlando.

Em Abril de 1999, foi à primeira colocada no Spin Off da WPOW 96.5 em Miami. O prêmio foi uma posição semanal no show de Radio chamado Hot Mix DJ, onde trabalhou com diversos DJ´s residentes de casas noturnas de Miami. Em seguida, decidiu voltar para Nova Orleans, sua cidade natal, onde fechou como residente no Club 735.

Depois de 1 ano no Club 735, a fama começou a espalhar pelo mundo do house music. Como resultado Alyson começava a receber convites de diversas casas noturnas da Costa Oeste. Isso era apenas o começo dessa carreira que a tornou um ícone da House Music.

As pistas que tremeram com Alyson incluem:

SALVATION (South Beach)
Eagle (Pittsburgh)
Fusion (Atlanta)
Crowbar (South Beach)
Heaven (Orlando)
Velvet Nation (WDC)
D.C.J Release (San Francisco)
Level (South Beach)
Mardi Gras (Nova Orleans)
White Party (Miami)
Gay Days at Disney (Orlando)
Blue Ball (Philadelphia)
Unity (Toronto)
Seattle Pride (Seattle)

Alyson também participou de circuitos tradicionais dos grandes eventos, tais como: Change of Seasons em Atlanta, Mascarado em Minesota, Decadence e Halloween em Nova Orleans e a mais tradicional das Festas White Party em Miami.

Alyson é atualmente muito cotado no Billboard e foi votada Up and Comming DJ para 2002 pela Circuit Party Insanity.

Sua reputação nas pistas é inquestionável. Suas técnicas de mixagem e looping são inigualáveis, criando um estilo muito pessoal. Ela também tem uma grande intuição, que a leva conectar-se com a pista e a atmosfera total as margens da pista. Tudo isso, numa mistura da destreza nas pick-ups e sutilezas nas dicas da iluminação.

De uma batida sexy e global até ritmos latinos picantes, esta famosa DJ continua galgando posições de destaque no circuito da House Music. Por onde passa deixa marcas inesquecíveis.

Alyson Calagna é atração da festa White Party, que rola da The Place, no dia 01|01|05.

Seu set merece atenção!


2.12.04

OUTONO EM NY

CONEXÃO N.Y.
Paulo Grillo


Outono em Nova York




Nova York é mesmo a cidade para quem gosta de moda. Em parte porque é uma metrópole, com todas as relações complexas de uma cidade assim, mas também por causa de seu clima. Aqui as estações do ano são bem definidas, de modo que vc vai ter que adaptar o guarda-roupa à época do ano. Não é como no Rio, quando você tirou a sua camisa regata da gaveta num dia de inverno.

Aqui estamos no outono, que é a preparação para o inverno. Em setembro, o calor que fazia começou a dissipar e é interessante porque sabemos que pelo menos nos próximos seis meses não vai haver sequer um dia como os de julho. As roupas do verão vão ficar intactas no armário, e todo mundo vai sair pra comprar um casaco novo, ou um cachecol diferente. É uma lógica que determina uma noção diferente para o sentido da moda, das coleções outono/inverno; primavera/verão - coisa que a gente não entende muito bem se não tem a experiência de viver as quatro estações em um país de clima temperado.

Em Nova York, alem dessa noção de "troca sazonal de guarda-roupa" a gente soma um pouco da sofisticação do povo. A lógica da moda no Rio segue o esquema do clima tropical, corpos malhados, corpos em evidência, decotes, cavados, sunga, biquini, em qualquer momento, em qualquer lugar. A classe média de Nova York no verão passeia nessa área dos decotes (em qualquer dos gêneros), mas no outono/inverno o povo se transveste no vintage, que é uma moda baseada naquilo que parece antigo, surrado, meio velhinho, mas que, não se engane, bem combinado é um charme só. A cara de Nova York no outono.

Um dos pontos altos do vintage são os suéteres em tons pastéis/escuros, combinados com uma camisa quadriculada de botão por baixo, que você só vê a gola, que fica pra fora. Os suéteres geralmente são de linha e se estiver frio, por cima disso tudo vai um casaco de botão, aqueles de lã dura, e talvez um cachecol, que pode ser usado de cinquenta maneiras diferentes.

Aqui há que se tomar alguns cuidados na escolha do figurino, porque não vai ser como no Rio que com a roupa que você saiu, você vai ficar. Antes de escolher a roupa, pensamos no indoor e no outdoor. Aquela jaqueta de couro linda que vc comprou, por exemplo, não vai ficar no seu corpo dentro de uma boate, por exemplo. Na rua, além dela, você vai estar usando um sueter, ou uma camisa de lã, porque vai estar muito frio. E dentro da boate, aquela quantidade de roupa vai te pesar demais. Pense então em estar bem vestido tanto outdoor, como indoor. Não jogue todas as suas fichas na jaqueta maravilhosa que comprou. Não pense que aquela blusa surradinha que botou por baixo não vai aparecer. E não se esqueça de sempre levar um dinheirinho extra para deixar suas tralhas no coat-check.

O cachecol é um acessório e tanto nessa época do ano. Outdoor você pode enrolá-lo no pescoço de modo que a sua garganta vai ficar protegida, porque nessa época do ano a gente fica bem mais resfriada. Dentro dos restaurantes, boates, você pode usá-lo jogadão, para combinar com seu cinto, sapato. Muita gente abusa da cor nos cachecóis, o que é super in, desde que não esteja vestido com cores berrantes. Aliás, se puder evitar as cores berrantes no outono/inverno, o faça. A iluminação é fraca, difusa, fazendo com que você não faça parte da paisagem fria, fica feio. Também não é que aqui todo mundo usa preto e só. Claro que não, a gente vê muitas cores, mas todas bem combinadas entre o claro e o escuro. As berrantes, nos acessórios. Como a tal pulseira amarela do Lance Armstrong, super na moda por aqui.

Como eu disse, o outono é apenas o ensaio do inverno, de modo que quando chegar dezembro e janeiro a lógica da moda vai ser ainda mais extrema. Pelas ruas eu já vi pessoas abusando dos pêlos e das botas meio esquimó. Mas como esse vai ser meu primeiro inverno por aqui, ainda não tenho respostas para dúvidas tipo se usamos essas botonas indoor, ou como funciona essa lógica do deixar a roupa no coat-check. Porque uma coisa eu sei: no inverno aqui, luva, gorro, botas, cachecóis, tudo isso é totalmente indispensável.

26.11.04

ENTREVISTA _ ROSANE AMARAL

POR TRÁS DA CENA _ rosane amaral
_ entrevista
_ Por João Felipe Toledo e Andre Garça

PARA O ALTO E AVANTE!


Rosane Amaral é conhecida pelo seu forte gênio, seu jeito durão e sem papas na língua... Mas de coração mole! Produzindo festas há bastante tempo no Rio, a produtora passou por várias fases. Seu início no meio underground foi marcado pelas Tea Dance/Discothecka que rolaram na Bunker e, surpreendentemente, abalaram a supremacia dos domingos na Le Boy por mais de um verão. Um belo dia, chegou na Bunker e a direção da casa tinha dado sua data (domingo) para outro produtor (Teo Alcantara). Foi um bafão! Mas Rosane logo fechou com a Mess (hoje, Sygno), ali ao lado. A cena em que sua door-drag distribuía flyers na porta da Bunker, deitada em cima de sua Blazer, é antológica. Confusões à parte, a produtora foi trabalhar na X-Demente, onde chegou a produzir a Together (X + TeaDance). Na mesma época tomou conta das Pool Parties no Clube Radar e bombou alguns after-hours pela cidade. A necessidade de ter sua própria festa fez nascer a R:evolution, que esse ano ganhou ares de festão, em duas edições de sucesso. Rosane Amaral não pára! Ao ser indagada sobre seu ritmo de trabalho ela sempre responde com a mesma cara de satisfação: "É o que eu faço melhor: festas!".

Confira o bate-papo que tivemos com a produtora:



[CC] Cite 3 momentos importantes que marcam sua carreira. Aquele acontecimento que mudou a direção de tudo, que deu outro gás, que lhe ensinou coisas...

O primeiro momento determinante de minha carreira foi a entrada no grupo JLC, um grupo de pessoas com uma criatividade fora do comum, que promovia festas temáticas no início da década de 90. Eles me fizeram entender o que era uma produção de verdade e me levaram para o mundo do teatro, do carnaval e, finalmente, para as festas eletrônicas. O segundo momento foi aquele que antecedeu minha primeira grande festa sozinha, pois senti na pele o que é ser responsável por toda uma equipe e ter contas no final para pagar. Ah, e o terceiro e melhor momento foi ver a minha primeira grande festa abarrotada de pessoas felizes, isso Credicard não paga meeeesmo!



[CC] Qual o conceito da sua festa, a R:evolution?

A R:evolution é uma festa que pretende atingir um dia todo tipo de público: "caretas", "gays", "modernos", todos convivendo em harmonia, pois o meu propósito é fazer da festa um momento sublime, onde todas as diferenças são esquecidas e tudo em que se pensa é a diversão. Enfim, uma grande confraternização, onde se tem ao mesmo tempo, boa música e uma decoração e iluminação que façam o público "viajar".



[CC] É a terceira edição da festa que acontece fora dos clubs. O que você acha que uma festa precisa para cair no gosto do público como acontecem com as ?label parties? como X-Demente e a BITCH?


Na minha concepção a harmonia dos fatores é responsável pelo sucesso da festa, ou seja, boa música, uma locação bacana, uma equipe de produção afinada e principalmente, um público fiel e animado.



[CC] Suas festas nos últimos anos foram marcadas pela presença da residente DJ Ana Paula. A R:evolution tem DJ residente no momento? E qual a importância em se ter um DJ residente?

Há algum tempo já estou revendo meu conceito de DJ residente, por isso, decidi inovar a cada edição da R:evolution dando oportunidade a novos talentos. Na verdade, foi isso que fiz há muitos anos atrás com a DJ Ana Paula e mais recentemente com o DJ Pedro Gaioto e com Rafael Calvente. Atualmente, aposto minhas fichas no DJ Bruno Rennó e também, com muito prazer, estou trazendo de volta a cena carioca o DJ Dudu Marquez. Além disso, a cada edição da R:evolution tenho trazido um DJ internacional inédito pro Rio de Janeiro, acho importante que o público fique antenado com as influências internacionais, assim foi com os DJ´s Tony Moran, Brett Heirichsen, Eric Cullenberg, DJ Tye, Orlando F e nesta edição, o residente da Allegria, Eddie Elias.



[CC] Na última edição da festa, o calor foi considerado um ponto negativo. O que te levou a escolher o galpão do MAM como locação para a festa e o que as pessoas podem esperar de upgrade para a edição do dia 27?

O Galpão do MAM é considerado um local nobre do Rio de Janeiro, bem localizado, de fácil acesso e onde já aconteceram excelentes eventos de música como o Free Jazz e o Tim Festival. O calor foi intenso sim mas isso ocorreu, primeiramente porque aquele sábado foi um dia de muito sol e especialmente quente. Além disso, o espaço estava realmente lotado, isso ninguém pode negar, não é? Para a edição do dia 27 o ambiente estará climatizado, as paredes de blindex foram totalmente retiradas, o que permitirá uma ampla circulação de ar e, além disso todas as falhas detectadas no dia 30 serão corrigidas, haverá mais caixas e mais bares. E, como a R:evolution a cada edição traz uma surpresa para o seu público, teremos um palco especial para o DJ, inédito no Rio, que sem dúvida surpreenderá o público.



[CC] O Rio é acusado constantemente de ter uma cena fraca. Quais fatores você citaria como responsáveis por essa má fama que a cena noturna carioca tem?

São vários os fatores. Num primeiro momento, é inevitável não se comparar o RJ a SP. Mas, a verdade é que sabemos que SP é uma cidade muito mais populosa, com mais investidores e sem a nossa praia! Sem dúvida as pessoas se jogam muito mais lá do que aqui. Além disso, infelizmente nossa prefeitura não incentiva a produção de festas de música eletrônica e ainda sofremos com a visão pouco lúcida e bastante radical do Ministério Público a respeito das drogas. Quem não se lembra da perseguição das "raves", do cancelamento da tão esperada Bunker Rave, enfim, os produtores sérios precisam se unir e fazer frente a esta visão deturpada das festas para que a cena noturna carioca possa se desenvolver de forma saudável.



[CC] Cite 3 coisas que não podem faltar numa festa para que ela seja perfeita?

Bom som, boa luz e decoração e um público fiel e animado!



[CC] Em relação aos clubs cariocas, qual DJ na sua opinião não anda deixando ninguém parado nas pistas? E aproveitando, qual é a melhor pista (club) carioca?


Em relação ao DJs, acredito que a cena carioca está bem servida. Temos diversos profissionais talentosos, cada um com um estilo próprio e um público alvo diferente, arrasando na sua pistinha. Acho que é bastante saudável sair na noite e poder escolher o que se quer escutar: house tribal, progressivo, eletro e por aí vai. Não há necessidade de citar nomes, já que como disse, cada DJ manda bem em sua vertente musical. Quanto aos clubes cariocas, é difícil responder... definitivamente acredito que as festas periódicas oferecem mais atrativos para o público do que qualquer casa noturna existente no Rio atualmente.



[CC] Quem faz a festa é o público, o produtor ou o DJ?

Sem dúvida, o público.


[CC] Qual o futuro da cena no Rio? Como você imagina o cenário em 5, 10 anos?
Atualmente no Rio há uma infinidade de festas acontecendo, festas para todas as tribos e preferências musicais. Na minha opinião, a tendência é que a concorrência no ramo de festas se intensifique ainda mais nos próximos anos, sobretudo em razão das pessoas considerarem que fazer festa é fácil e muito lucrativo. Mas, no final das contas, sabemos que apenas as festas boas conquistarão seu lugar no mercado, como numa espécie de seleção natural.



[CC] Quer dar um recado pros leitores? Falar alguma coisa? O momento é seu!

Queridos leitores, quero vê-los todos na R:evolution do próximo sábado, pois não existe nada na vida que me dê mais felicidade e realização do que vê-los se acabando na pista. Saibam que estou fazendo de tudo para proporcionar a vocês um momento único, uma festa especial com novidades e música de qualidade dentro de um ambiente de harmonia entre todas as tribos. Não se esqueçam de acessar nossa página www.revolutionparty.com.br para enviar suas sugestões, críticas construtivas, agradecimentos ou apenas para dizer um oi! Divirtam-se muito, muito obrigada pelo carinho e presença de todos nas edições anteriores e perdão pelas eventuais falhas.

9.11.04

POR QUE BUSH?

CONEXÃO N.Y.
Paulo Grillo

Por que Bush?



A reeleição de Bush filho aqui nos Estados Unidos não era o que o mundo esperava. Deu zebra, teve roubo, a pesquisa boca de urna deu Kerry - ninguém queria acreditar. Mas ele foi reeleito, e, dessa vez, sem qualquer margem de dúvida: ganhou pelo voto popular e pelos votos eleitorais.

Dá pra pensar que ninguém entendeu nada: tanto a história dos votos eleitorais vs. populares como sua própria reeleição. Afinal, foi ele quem deu o primeiro passo para a catástrofe que é o Iraque hoje. Ele mentiu, as armas de destruiçao em massa nunca apareceram. Há uma lista sem fim de argumentos que hoje qualquer um enumera pra fazer valer a opinião que não, ele não deveria ganhar um segundo mandato de presidente.

Mas a história aqui nos Estados Unidos é diferente. Como vimos na última quarta-feira, nada disso fez a menor diferença. Valeu mais foi o medo de que a América fosse mais uma vez atacada. A imagem do "xerife" foi fundamental para que ele ganhasse o passaporte de volta à Casa Branca.

Com o resultado, a gente percebe que os americanos votaram contaminados pelo medo. Pela necessidade do tal Commander-in-Chief. É essa a expressão que se usa aqui quando se fala do presidente. Foi o eco mais corriqueiro durante estes ultimos meses a suposta falta de habilidade de Kerry para ser um "comandante". Não quero entrar no mérito de que a habilidade fundamental do governante da maior potência do mundo deva ser o uso da força, mas, se o Kerry discordava disso - como parecia indicar -, o coitado foi obrigado a entrar na dança. Foi esse, talvez, seu maior erro.

Na campanha falou-se e falou-se do herói de guerra que foi o democrata no Vietnã. Que ele comandou jangadas. Que ele era sim um comandante. Que ele era a resposta para uma "América Mais Forte" (A Stronger America), o slogan de sua campanha. Kerry se disfarçou com o radicalismo de Bush. Ele precisava ganhar os votos do cinturão conservador do sul e meio-oeste do país.

Mas aí Bush contratacou, ora-bolas. Essa imagem de comandante que Kerry planejou vender esbarrou na sua figura real, no seu melhor: o discurso de que a guerra foi um erro, de que os Estados Unidos necessitam ter uma posição conciliatória com o resto do mundo - tudo aquilo que fora daqui toda a gente está cansada de falar. Kerry ficou na coluna do meio e assim virou o flip-flop. O barulho do chinelo. Flip, de um lado, flop, de outro. Esse era o apelidinho que os aliados de Bush fizeram pegar.

A proposta de Bush acabou colando: Kerry muda de idéia muito fácil. E numa situação de perigo, você confiaria num cara, assim, digamos, que não é firme?

As eleições aqui não passaram pela questão moral da declaração de uma guerra, não foi um cala-a-boca como resposta para o mais rápido fim de uma política que levou milhares de meninos americanos para a lembrança de suas mães. Foi medo. Foi a ilusão do individualismo. Não importa nada, senão que minha casa e a minha família não sejam atacadas.

Perfeito para Bush: faturou em cima de uma prepotência disfarçada de preemptive atack. Mal para um dos berços da democracia: na terra da liberdade, só homens como Bush tem crédito para ser presidente.

Agora são mais quatro anos.

"God Bless the America"


********

Para matar a curiosidade:

O sistema eleitoral dos Estados Unidos funciona de maneira diferente em cada estado. A América leva a risca o sentido de república federativa. Cada estado tem seus próprios candidatos a presidência, seu tipo de cedula eleitoral, e mesmo a forma como qual os votos vão ser distribuídos.

As eleições nos EUA são diretas, mas também indiretas. Funciona da seguinte maneira: cada estado tem um número determinado de pontos eleitorais, que são calculados a partir do número de sua população. Por exemplo, Nova York, populoso, vale 34 pontos eleitorais, Alaska, vale 3.

O sistema para calcular os votos é conhecido como winner-takes-all. O candidato mais votado em um estado leva todos os seus pontos. Esses pontos servem para o seguinte: eles é que dão o direito dos candidatos indicarem delegados para o Colégio Eleitoral, que no fim vai decidir a eleição. Quem chega a 270 tem a maioria no Colégio Eleitoral e, portanto, eleito.

Nem sempre, entretanto, o que tem mais pontos é o que recebeu mais votos no geral. Imagine por exemplo que Kerry levou os pontos de New York, mas com uma margem de diferença pequena em relação a George Bush. Agora imagine uma situação em que mais de 90% das pessoas de NY votaram em Kerry. Sobre os pontos eleitorais ele permaneceria na mesma, pois não faz diferença ganhar de 51% ou 99%. Mas em relação a número de votos, a diferença é enorme.

5.11.04

ENTREVISTA _ DJ ANA PAULA

POR TRÁS DA CENA _ dj ana paula
_ entrevista
_ Por Andre Garça

ELA ALCANÇOU O POSTO MAIS COBIÇADO DAS FESTAS CARIOCAS.



Imagine a cena. Há dois anos, a principal label party carioca, a X-Demente, tinha como DJ residente Dudu Marquez, uma barbie hetero. Parecia perfeito. Nessa época ninguém ousaria imaginar que uma mulher pudesse estar ocupando a residência da X, alguns meses depois. Muito menos que essa mulher fosse a DJ Ana Paula, que tocava nas festas de Rosane Amaral. A X-Demente é a principal festa carioca, reunindo milhares de pessoas a cada edição. Naturalmente que o posto de DJ residente da festa fosse cobiçado.

O som da Djéia muitas vezes foi alvo de duras críticas. Mas Ana Paula correu atrás, pesquisou e amadureceu seu set, destacando-se como DJ de tribal house no Rio.

No final de setembro, Ana Paula foi aplaudida na praia da Farme, na E.njoy the beach. Há uma semana, na edição paulista da X, Ana Paula fez um set impecável e elogiadíssimo na pista do novíssimo The Week. No dia seguinte já estava em Belo Horizonte para tocar no aniversário da 3 anos da Josefine, onde foi muito bem recebida. E amanhã, Ana Paula estará tocando na E.NJOY #02, a noite do Cena Carioca.

Fizemos algumas perguntinhas básicas pra ela... Confira abaixo:



[CC] Quando e como você começou sua carreira de DJ? Quais foram suas motivações?

Na verdade, essa profissão me escolheu. No meu primeiro ano como profissional recebi um convite do Memê (renomado DJ e produtor brasileiro) para fazer com ele uma participação em um programa de rádio chamado Dance Masters. Na época a rádio dava espaço para pouquíssimos DJs. Não era como hoje que você encontra vários na mesma emissora. Isso é uma prova de que a nossa profissão cresceu e que temos mais importância no mercado. Com o programa de rádio semanal eu fiquei conhecida do público mainstream (comercial) e trabalhei com eles durante boa parte da minha carreira. Até que em 2001 comecei a parceria com a produtora Rosane Amaral. Era o início de uma nova carreira, novas conquistas, começando do zero. Era mais um desafio na minha vida e essa foi minha grande motivação.



[CC] Quais suas referências musicais?

Sou DJ de caldeirão, tenho muitas referências; a maioria no house tribal americano. Mas os DJs europeus estão arrasando também!



[CC] Qual o melhor lugar pra tocar? Clubs ou festas?


Definitivamente onde mais gosto de tocar é na X-Demente. O público é extremamente exigente e profundo conhecedor de música. A energia que eu sinto tocando na X, nunca senti antes em toda minha vida. O público dá show! Queria que as pessoas tivessem a visão que eu tenho da cabine... é lindo demais! A X na The Week em São Paulo, por exemplo, foi incrível! Os paulistas me receberam muito bem.



[CC] Como voce lida com as críticas?

Não sou radical, aceito crítcas numa boa. Todos têm o direito de expressar suas opiniões. Nós que trabalhamos com entretenimento estamos sujeitos a isso todos os dias. Eu toco house tribal e meu som está amadurecendo, se você gosta de tribal, um dia você Vai gostar de mim.... Assim espero! Estou trabalhando para isso. (risos)



[CC] Como é ser DJ residente da X-Demente? Qual a projeção que isso traz?

O Fábio (Monteiro) criou uma lenda, a X vai existir para sempre. Várias gerações já passaram pela festa e várias outras ainda virão. Eu quero curtir muito esse momento e continuar trabalhando duro para estar no merecido posto de DJ residente. Tive meu trabalho reconhecido não só no Rio, como em outras partes do Brasil e as pessoas já me conhecem até lá fora.



[CC] Você acha que rola muita inveja no meio dos DJs? Ou são todos camaradas?

Rola competição como em qualquer ambiente de trabalho.



[CC] Você tocou no Dama, às quintas, e a noite não pegou. Você acha que houve preconceito em ouvir tribal no Dama?

O Dama é o templo dos modernos. Fiquei lisonjeada em ter mostrado o meu trabalho por lá. Tivemos algumas noites bem legais, sem falar nos afters que foram ótimos. Não sei se o problema foi o preconceito com o tribal ou foi o carioca que se habituou a sair de casa somente para aos sábados. Antigamente a noite do Rio era mais agitada. Hoje, as pessoas só saem aos sábados e, às vezes, as sextas; com isso, boas opções pararam de funcionar por falta de público. É uma pena, mas acredito que no verão as coisas vão melhorar.



[CC] Qual seu DJ preferido do Rio?

O Memê é um ótimo DJ de House!



[CC] Por que deixou a residência da R:evolution? E o visual novo? Muitas mudanças, não?

Estou vivendo uma nova fase na minha vida. E desejo muita sorte e sucesso a festa R:evolution. Tenho reciclado muitas coisas na minha vida... Por que não o visual? Mas também não mudou tanto assim, né?! (risos)



[CC] O que público pode esperar de seu set amanhã, na E.NJOY #02?

Vai ser um set animado, high energy, com muito ritmo! Vai ser o meu som house tribal com um tempero diferente; especialmente feito para a E.njoy. Mas só estando lá pra entender!



[CC] Quer dar um recado pra galera?

Vocês são a minha festa! Quero agradecer todo carinho e reconhecimento que tenho recebido por parte do público. Eu amo vocês!

8.10.04

PROMOÇÃO MIX SALAD

RESULTADO DA PROMOÇÃO MIX SALAD


25 foram os contemplados com um par de convites para a festa Mix Salad, que rola esse domingo, no Riviera.

Perguntamos por que o leitor não queria perder essa festa. Recebemos mais de uma centena de emails - alguns faltando dados, outros puxando muiiiiiiiito (obrigado!) e outros muito divertidos... A galera abusou da criatividade e selecionamos algumas para publicar aqui no site! E pra criar uma brincadeira, comentaremos as melhores!


"Porque vai ser uma oportunidade única para eu sair do subúrbio linda, montada, poderosa e chiquérrima para bater cabelão na Sernanbetiba, fazendo carão para para as bibas burguesas."
Janilson P.T.J.
- "Jani", sua frase foi A MELHOR! Isso é democracia. Mas guarda um trocado pra van, ok?"


"Porque vou pegar horroooooooreessss!!!!!"
Paulo C.G.J
- Vai lá Paulo, arrasa! Depois quero saber como ficou o placar. Mas faz a linha bofe ou vou correr de você, hein!



"Dançar "cha cha" na companhia de amigos, num clube maravilhoso ao som de ótimos DJs na véspera do dia das Crianças é me transformar em uma garotinha, e curtir a night como se fosse a minha primeira vez!"
Ayana A.N.J
- Gata, o que você vai tomar, hein?


"Quero ir pra festa ouvir um tribal bem bate cabelo."
Adriano O.L.F.
- Só no cabelão e na pinta!


"Não quero perder essa festa porque lá ocorrerá a maior jogação deste feriado!"
Arthur T.C.C.
- Se joga! Mas ainda tem muita coisa rolando na cidade. Tem que se jogar de sexta a terça!


"Porque estou chegando nervosa no Rio junto com a caravana de BH, e como eu e todas as modelos que estão indo comigo são bunitas vamos a festa e com o patrocinio do Cena carioca. Tá!"
Fábio C.S.
- Ô trem bão sô! Mas na lista vai tá: BONITAS. Se não for, volta pra fila!


"Porque acordar no domingo com o "Faustão". Depois vem o "Fantástico" seguido de "Sob Nova Direção"... Para salvar o tédio desde desastre de programação somente o Mix Salad no Riviera para o início deste feriadão..."
Juliana C.
- Até rimou! Mas acordar com o Fastão? O mundo te espera lá fora. Acorda mais cedo, vai a praia, aproveita a vida... E não assista televisão!


"Não posso perder essa festa porque só eu danço "The world is a stage" em cima da caixa de som e virada pra DJ Ana Paula."
Natasha S.
- Se jogando na Ana, né? As bees vão disputar com você a tapa o queijo. Cuidado!


Quer saber se você ganhou?
Verifique a seu email!

5.10.04

NO MEIO DAS NOVIDADES

CONEXÃO N.Y.
Paulo Grillo

No meio das novidades



Uma das coisas boas de se viver em NY é que você tem a impressão de estar sempre à frente no tempo. Os lançamentos - de musicas e filmes principalmente - na grande maioria das vezes, pipocam por aqui antes. Sem contar que aqui é o Rio de Janeiro em escala mundial: você vê gente da TV e Hollywood pelas ruas, e pode esperar seguro que os melhores ou mais reconhecidos artistas vão dar as caras. No Rio, a gente sabe que uma banda brasileira vai fazer show por lá, ao contrario de Pindamonhangaba, por exemplo. Essa espera meses pra ver a Ivete Sangalo. E esquece todas as possibilidades de uma Madonna, por exemplo. Já o Rio, mesmo com a Ivete garantida, sonha ainda com uma Madonna. Mas não Nova York.



Talvez essa seja a maior vantagem de se viver aqui. Não vai ser chato esperar por aquele clipe que você sabe que saiu, mas só na MTV americana. Ou comprar um ingresso com anos de antecedência para o show da PJ. Harvey no Tim Festival (isso sem contar a viagem pra SP), porque sabe-se lá quando é que ela vai aparecer outra vez (aqui ela estará no próximo dia 6).

É claro que é tudo uma questão de gosto. Mas pra quem gosta, seria legal, por exemplo, escutar a canção da retomada das Destiny`s Child: "Lose my Breath". Ou a nova da Britney, "My Prerrogative". As pistas de dança por aqui começam a bombar com estes remixes, alem de uma clássica que rola por aqui ha algum tempo "If I close my eyes", de uma cantora tipo diva, chamada Reina.

O cinema daqui, convenhamos, muitas vezes é melhor que nem mesmo chegue ao Brasil. Imagino até que não vão todos, porque há muita porcaria rolando nas telas daqui. Como um tal "Ladder 49", um filme de "heróicos bombeiros", um "que tal fazer uma ode aos americanos pelo 11 de setembro"? Mas dentro dos enlatados há algumas coisas interessantes: se você gosta de tomar susto, "The Forgotten", com a Julianne Moore talvez faca a sua cabeça (apesar do roteiro ridículo). E claro: tudo bem que o filme deve ser daqueles bem meia-boca, mas sai por aqui nesta semana "Taxi" com a Gisele Bundchen. Esse a gente paga o ingresso só pra saber como ela se saiu, ou não?

Quem gosta de cinema cabeça, vale a pena conferir se está no Festival do Rio "Garden State" (me parece que o nome no Brasil é algo como "Tempo de Voltar"). Esse é um filme um pouco melancólico, mas que carrega muito da atmosfera dos subúrbios americanos - uma daquelas películas com "alma". E nessa linha, por aqui já saiu o DVD de Eternal Sunshine of a Spotless Mind (Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças", aí no Brasil), a forma mais autentica (e menos clichê) de se explicar um amor. Confiram também se por aí (esse, certamente no Estação) já está passando um chamado "Testosterone". É uma película gay, mas imagino que passe pela censura que o Brasil ainda tem com este tipo de filme, por uma razão: Sonia Braga está no elenco. E, uau, está muito bem, dentro de um excelente filme, que não se prende aos vícios do gênero, como colocar o personagem gay dentro de um gueto. É um thriller, uma comedia, vale a pena.

No mais, Nova York, alem dos filmes e das músicas nos dá umas boas historias pra contar. Britney, outro dia estava na Macy's assinando seu novo perfume "Curious", Gwineth Paltrow pelas ruas em downtown, gente gravando um reality show em um dos lugares que trabalhei e um desses meninos do Real World perambulando numa dessas boates. Quem gosta dessas coisas de celebridade, aqui é o éden. Mas se você faz a linha cool, pelo menos acha interessante ter essa gente de tão distante, agora tão perto.


Paulo Grillo é jornalista e está desvendando a Grande Maçã há pouco mais de 5 meses...

NOTA DO EDITOR: O filme "Garden State" não está na programação do Festival do Rio.

22.9.04

POA: TRANCE, TRI, TUDO...

TRANCE, TRI, TUDO... PORTO ALEGRE É ÓTIMA!
Renato Rossoni
: matéria


Só o fato de não encontrar as mesmas duas mil caras conhecidas na noite, já dariam a Porto Alegre um status de "cidade ótima". Imagina você sair à noite e todos e tudo ser 100% novo?! Pois é... Foi com essa impressão de "novidade total" que aportei no finde passado na capital gaúcha.



Na saída do aeroporto - moderníssimo por sinal - um taxista bem simpático apontava aqui e ali, revelando todas as referências turísticas e já me fazendo acostumar com o sotaque mais que carregado, tchê. É bem engraçado o ritmo do gaúcho falando. Muitas vezes não entendia nada... Mas vamos lá...









O Hotel Everest Porto Alegre, que fica bem no centro da cidade, é ótimo, tem quarto ótimo, atendimento ótimo, café-da-manhã delícia e vista panorâmica da cidade.



Um giro inicial por POA e já vou notando ares de uma capital avançada, com arte urbana por todos os lados, alguns mendigos (até divertidos) fazendo pose de Yoga por horas, um quê de Europa, além de construções do início do século passado sendo restauradas.




Na noite de sexta, o conselho de "locais" foi dar um pulo no Club SPIN (Rua Venâncio Aires, 59 – Centro). Um lugar muito bom, com gente bonita, total straight e tocando Trance. É... Hard Trance! Engraçado como numa boate onde a nossa querida House Music seria tão bem vinda, o batidão psicodélico toma conta. Aliás... O que é House Music? Parece que esse estilo é totalmente desconhecido por lá! Se bem que comentando o fato com um amigo tranceiro, fiquei sabendo que o estilo está tão forte aqui no Brasil que estamos até exportando DJs... Tá? Anyway...



Na vontade de dar uma voltinha maior, sigo para o Club Neo (Av. Plínio Brasil Milano, 427), que é gay, onde rolava a festa Revival FDSC, com os DJs Double S e Luciano Araújo. E pensa que tocava House Diva? Que nada!!! Trance bombando... E um povo animado dançando na pista. E não rola aquele clima de pegação, sabe? E nem de tanta droga! Pelo menos a olhos vistos...






O sábado é dia de rodar mais ainda pela cidade. No Gasômetro, uma usina desativada bacanérima, rolava uma exposição de bonecos. Destaque para esse daí, ó... Feito com restos de papelão. O efeito é maravilhoso!!!








Do terraço eu avisto o Bar Flutuante Pôr-do-sol (ao lado do Gasômetro), onde mais tarde aconteceria a festa Earthdance. Um doce pra quem adivinhar que tipo de som era esperado! Trance... Eeeeeee...  



Mas a tarde ainda é loooonga e uma caminhada pela cidade se faz mais que necessária. O destino é o Parque da Redenção... O Central Park deles... Muito legal! Punks, gaúchos vestidos a caráter, senhorinhas, skatistas, pessoas desenhando com giz na calçada em troca de uma moeda e crianças de rua aprontando onde é proibido. E a fome bate... Hora de dar um pulo na "Lancheria do Parque" uma espécie de lanchonete onde todos os garçons são donos do local e um "podrão" (ou cachorro quente com direito a milho e ervilha) custa apenas R$2,00. Vale o confere...





 




Pra fechar, na volta ao Hotel, onde uma descansada seria perfeita... Uma cena inusitada... Uma mendiga corta o cabelo de outro mendigo. No meio da rua... Na maior paz... No centro da cidade!!! Registradíssima pelas minhas lentes...







A noite de sábado chega, a festa no tal bar dos navegantes é bem divertida, as pessoas muito receptivas, duas pistas, o mesmo Trance e - confesso - uma vontade do dia seguinte não ser o dia de voltar pra casa... Porto Alegre é ótima! Mexxxxxmo...











Renato Rossoni e Guilherme Larrosa em Porto Alegre.





17.9.04

UM ROTEIRO DA NOITE DE NY

CONEXÃO N.Y.
Paulo Grillo

Mea-culpa: um roteiro da noite de NY



Ok, faço aqui uma mea-culpa. Não faz muito tempo, escrevi um texto e espinafrei, ainda que educadamente, a noite de Nova York. Em parte tinha lá meus motivos - pois nem tudo o que disse, retiro. Agora, tudo bem, é hora de acertar os pontos com a noite daqui. Afinal, seria injusto da minha parte viver o lado ruim e contar, enquanto o que tem de bom eu deixar guardado só para mim.

Parte daquela crítica se resume ao que explicou um dos comentaristas: de repente, eu havia estado no lugar certo, mas no dia errado, a gente sabe que a noite tem dessas coisas. É verdade. Eu havia estado na Splash, ou tambem SBNY (como preferirem) e minha impressão foi péssima. Não gostei da música, do lugar, da gente... As regras sobre a bebida (consumo até determinado horário)e cigarro (só do lado de fora) contribuíram - e muito - para que eu definitivamente batesse o martelo: ia levantar publicamente a bandeira de que a noite de NY é ruim.
Aí eu fui à Avalon uma vez. Gostei. Fui outra, fui outra. Roxy, também. Lembrei-me da X-Demente. Um barzinho desses alternativérrimos, bem a imagem que temos de NY, também fui. O tal se chama The Cock. E pronto, se gastei tanto dinheiro saindo - pois para os créditos, é bom deixar claro: a noite em NY é sempre cara! - isso significa que é hora de explicar-me publicamente. Ou melhor, não deixar que, um dia, algum amigo que venha para cá e me recuse um convite para a night, achando que eu vou encher o saco.

Fica aí, então, um roteiro e as dicas:

Sexta: O dia é bom para ir à Splash. A entrada custa 15 dólares, mas pode ser que o segurança vá com a sua cara e você entre de graça. Levar o passaporte brasileiro é essencial, por dois motivos: 1 - Podem te pedir ID. 2 - Ele pode ser o segredo para que entre de graça (a fama de que os brasileiros são sexy rola de verdade e isso pode se reverter em bônus nas suas saídas). Lá dentro vai estar razoavelmente cheio e uma gente bonita, mas não a melhor opção para quem gosta de teens. Para animar há um house beirando o psicodélico, e se você gosta de beber, uma Absolut Citron on The Rocks custa US$ 8 no bar (geralmente vai te custar US$ 9 ou US$ 10, porque é educado que você dê alguma gorjeta para o bar-man). O clima é apimentado pelos go-gos, mas não chega a ser o lugar ideal para que você tire a camisa, ou exagere nos aditivos, de modo que fique bem alto, ou coisa do gênero: a Splash não sugere uma noite dessas de perdição, mas sim uma night para azarar, se você estiver a fim de se dar bem. Bom, mas dizendo isso, há que vir o adendo: a azaração em um meio americano é um tanto quanto fria, se comparada com a nossa. Não espere demais então, ok?

Sábado: No Rio, eu me lembro, havia o povo da X-Demente e o da BITCH. A Roxy, noite mais badalada do sábado, é definitivamente para o povo da X-Demente. O DJ residente é o Peter Rauhofer, que, quem se lembra, já tocou em uma X de carnaval no Rio. Às vezes, outros DJs tocam, mas a estampa da boate não vai mudar: você vai escutar aquele house meio X-Demente, que a gente conhece. Lá você pode esperar uma noite mais com cara de Rio. Vá de regata, ou blusa cool, nada muito social, senão vai destoar. Se quiser tirar a camisa, tire, se quiser beber demais, beba, se quiser dançar no queijo, à vontade, ou ainda, escolha a Roxy para fazer o que é proibido. Por lá, não tem muito essa de auto-controle. Há muita gente bonita - e me fazendo lembrar algo da noite do Rio - os corpos estão bem mais em evidência, seja pela quantidade de homens sem-camisa, seja pelo tipo duble de Madonna que desfila com uma camisa tipo meia-calça-arrastão, com os peitos à mostra. Tudo muito natural. Se quiser conhecer gente, vá na parte de fora - fumódromo - que certamente aparece alguém para bater papo contigo. Se estiver enjoado do house, suba para uma salinha onde há um bar embalado por hits bem legaiszinhos, na linha Madonna, Britney, W. Houston, etc... A entrada custa US$ 15, mas varia depois de uma determinada hora. A história do passaporte é a mesma aqui: ele pode te trazer bônus (fale português com o host, ele vai adorar). E a bebida, na casa dos mesmos US$ 8, só fica disponível até às quatro da manhã. É bom se programar: na Roxy, às vezes, um drink pode fazer muiiita diferença.

Domingo: Este é um dia sagrado, dia de ir à Igreja. Mas nada de levar seus pecados para serem perdoados. Se por fora a arquitetura da Avalon te lembra uma capela, por dentro, não se engane, o clima é de hedonismo. Muita gente bonita, cool, em um espaço super bem estruturado, de modo que você nunca vai ter a sensação de estar dois minutos e conhecer o lugar todo. Há inúmeros corredores, escadas, ambientes, uma pista de dança central grande, com palquinho, lounges, fumódromo em um jardim na parte de fora... A acústica do lugar também é fenomenal. Você é capaz de sentir a vibração da música, o que é parte fundamental do clubbing. Lá você pode, se quiser, ficar mais à vontade, beber um pouco mais, não é que vá parecer um pouco out, como se estivesse na Splash, por exemplo. Aconselho inclusive a variar um pouco e deixar o bar-man de lado pelo menos dessa vez e pedir um drink à loura super simpática da pista de dança. Ela faz o drink que você quer, na medida em que quer. Depois que bebe chega até mesmo a ser divertido, porque, aposto, você vai se perder lá dentro. Agora, a parte ruim é que se for acompanhado, aí sim corre o risco de levar um perdido. A entrada custa US$ 20, mas é possível que entre de graça. O jeito é preencher uma ficha e esperar duas semanas, para que seu John Blair Card chegue. Com ele você tem descontos tanto na Roxy, quanto na Avalon (domingo, antes das onze, de graça).

Bares: E para quem não está muito na pilha de ir a uma boate, mas não dispensa uma saidinha, nem que seja a um bar, há inúmeras opções por aqui. Quem gosta de negros, latinos, para as meninas, o ideal é tomar o metrô e saltar na Christopher Street. Lá há um quarteirão inteiro a esse dispor, todos baratinhos, com entrada variando entre free e US$ 5. Se tiver na pilha de fazer um piercing, ou comprar um pornô - por que não? - lá também é o lugar. E sempre é bom ter à mão uma revista como a HX, que traz toda a programação da semana, caso esteja perdido. A revista é free e está nas ruas, naquelas casinhas de jornal americanas.

Então, dessa vez, tá combinado. A noite de NY vale a pena e não se fala mais nisso!

11.9.04

LOLA'S THEME - SHAPESHIFTERS

LOLA'S THEME - SHAPESHIFTERS
música _ letra


Esse é um dos hits da atualidade. Está bem naquela fase que toca em cada pista animada. Música boa e alto astral!

Se você quer ver mais letras por aqui, comente no espaço abaixo.



Lola's Theme
|Shapeshifters|


Ooh yeah
Looking back...
I know I was walking around in disguise
Its a fa-a-act, I was just a lost soul I needed a guide
and the moment that you came to change my life
Looking back together yeah
you fired up my heart and made me smile
you and I know that:
I'm a different person, Yeah
turned my world around
I'm a different person, Yeah
turned my world around
I'm a different person, Yeah
turned my world around
world around

Blues I had...
all fading away by the minute and hour;
feel alive
you untwisted all of my troubles inside
like a little piece but heavens my desire
looking back together girl
you rebuilt my heart up from the ground
and I know that:
I'm a different person, Yeah
turned my world around
I'm a different person, Yeah
turned my world around
I'm a different person, Yeah
turned my world around
world around
I'm a different person, Yeah
turned my world around
world arund
Ooh yeah yeah

Oh you fired up my heart and made me smile
And I know that:
turned my world around
Oh yeah yeah
I'm a different person, Yeah
turned my world around
I'm a different person, Oh Yeah Yeah
turned my world around
I'm a different person, Yeah
turned my world around
world around

10.9.04

FUNDIÇÃO STAGE

FUNDIÇÃO STAGE
promoção serviço


A Fundição Stage vem em sua primeira edição celebrar a integração cultural entre o Rio e Portugal.

A festa de música eletrônica é uma celebração do evento Portugal Carioca, que acontece no mês de setembro no Rio. O projeto é um segmento dedicado inteiramente às artes plásticas, englobando exposições, oficinas, palestras e mesas-redondas. Realizado em conjunto com o Instituto das Artes de Portugal - IARTES e apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.

E para aumentar ainda mais a integração com nossos patrícios, nada melhor que uma mega-festa com 4 Djs internacionais, 3 Live P.A?s e os estilos mais cariocas da música eletrônica. Com duas pistas de dança, os Djs portugueses tocarão lado a lado com os brasileiros, vaiando entre o Trance, o Techno e o House.

LINE-UP!

PSYCODELIC STAGE _ trance

23:00 LENNOX
01:00 PENA (FLOW RECORDS- PORTUGAL)
03:00 V-STORM LIVE P.A. (ODD/INFINITY RECORDS)
04:00 MAYAN COMPLEX LIVE P.A. (INFINITY RECORDS - MÉXICO)
05:00 MIND E. LIVE P.A. (WFC RECORDS)


UNDERGROUND STAGE _ house/techno

23:00 FABIO FLYER
01:00 TÓ RICCIARDI (NYLON RECORDS - PORTUGAL)
03:00 MICHAELANGELO (LABYRINTH RECORDS - PORTUGAL)
04:30 ALVINHO LITTLE NOISE (HYPNO)



JOÃO PENA (FLOW RECORDS - PORTUGAL)
Pena começou sua bem sucedida carreira como Dj em 1996. Foi eleito pela Dance Club Magazine como melhor Dj português de trance em 2003 e 2003. seu Estilo de psytrance se destaca por sólidos grooves e uma hipnótica "baseline". Penna vem direto do Boom Festival, onde trabalha como produtor e Dj, para bombar a pista da Fundição Stage!

MAYAN COMPLEX (INFINITY RECORDS - MÉXICO)
O Dj mexicano Santiago, fundador da Infinity Records, vem ao Rio pela primeira vez mostrar ao carioca seu estilo limpo e agressivo de Full On. Santiago já tocou em diversos festivais com renomados artistas, como Eskimo, Dark Soho, S-Range, entre outros.

MIND ELEVATION LIVE P.A.
Finalmente o mais conhecido projeto trance do Rio fará sua primeira apresentação ao vivo. Caio e Fernando prometem tornar a noite inesquecível!!

TÓ RICCIARDI (NYLON RECORDS - PORTUGAL)
Fundador da Nylon records, Tó é um dos mais consagrados Djs prtugueses de Tech House. Possui um estilo soft e agradável de tocar que já rendeu residências nos principais clubes do planeta, como : Pachá, Kremilin e Vaticano Club. Além de Dj, Tó é também um grande produtor com mais de 10 discos lançados.

MICHAELANGELO (LABIRYNTH RECORDS - PORTUGAL)
Em atividade desde 1989, já tocou nos maiores festivais do mundo. Foi por muito tempo residente de clubes como Space e Pacha em Ibiza e possui em seu currículo parcerias com nomes como Carl Cox, Poul Okenfold e Derrick May.

ALVINHO LITTLE NOISE (HYPNO)
O irmão do maior Dj de Techno do Brasil, Anderson Noise, vem ao Rio pela primeira vez mostrar que tem potencial para chegar tão longe quanto o irmão. Tocando um Tecnho agressivo, Alvinho vem se mostrando como uma das grandes revelações fonográficas de 2004.

PREÇO PROMOCIONAL:
R$ 20,00 (com flyer e carterira de estudante)

INFOLINE:
2220-5070 / 7814-4026 / 7814-4027
www.ecotrance.net

Pontos de Venda:
Chilli Beans: Barra Sh. / Sh. da Gávea / Rio Sul / Norte Sh.
Pacific: Sh. Tijuca (quiosque 1 piso)
Mattinata: Icaraí Niterói
Newrônio: Av mem de Sá n.138 - Lapa tel: 2509-5072


_ PROMOÇÃO

Envie um email para promo@cenacarioca.com.br com seu NOME, RG, IDADE e EMAIL VÁLIDO que você pode ganhar um dos 10 convites para a Fundição Stage!

3.9.04

DJ MARKY VOLTA AO RIO

DJ MARKY VOLTA AO RIO
promoção | serviço


O TOP DJ Marky, indiscutivelmente um dos melhores DJs do mundo, volta ao Rio nesta segunda dia 06, véspera de feriado, para mais um de seus disputados sets. Antes e depois do mestre tocam os DJs Danntas, Calbuque e Marcelinho Dalua, destaques da cena carioca.

O DJ Marky, de 30 anos, iniciou sua carreira tocando funk e new wave e organizando diversas festas com amigos em seu bairro na zona leste de São Paulo. Atualmente é residente do Club Lov.e (SP), do Club Mass e do Bar Rumba, em Londres (na noite Movement, a melhor noite de drum'n bass do mundo). Quando está no Brasil pode ser visto tocando de Manaus a Porto Alegre.

No primeiro semestre de 2004 lançou "In Rotation" junto com o DJ, produtor e parceiro Xerxes (XRS). Neste cd estão incluídos clássicos da música eletrônica mundial como "LK" com os vocais do MC Stamina, "Dia de Sol" (feita em parceria com Gilberto Gil) e "Breeze" que conta com os vocais do jazzman Cleveland Watkiss. É justamente este cd que o top DJ vem mostrar aos cariocas nesta segunda-feira, dia 06 de setembro, véspera de feriado.



DJ MARKY @ SYGNO CLUB

SEGUNDA, 6 DE SETEMBRO DE 2004 A PARTIR DAS 23H

R$ 15 COM FLYER / R$ 20 NORMAL

LINE UP: DANNTAS / MARKY / CALBUQUE X DALUA


SYGNO MUSIC CLUB
RUA FRANCISCO OTAVIANO, 20-A ? COPACABANA
INFOS : 2521-9022

AS 50 PRIMEIRAS MULHERES ENTRAM DE GRAÇA ATÉ 01:00H

PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS

1.9.04

INN HYPE

INN HYPE
Release | Serviço

O Rio ganha um espaço dedicado à cultura underground!



A ascenção dos DJs na cena musical, com o lançamento de álbuns próprios à proliferação de festivais de música eletrônica no mundo, justificam o considerável aumento da procura por cursos e lojas especializados. No Rio, porém, espaços dedicados exclusivamente à tribo de moderninhos são uma raridade.

Cientes deste quadro, o publicitário, e DJ, Brunno Mello, 30 anos, e Michelle Moraes, 28, estão abrindo na Barra da Tijuca a INN HYPE, um espaço multifuncional onde as pessoas encontrarão desde produtos a serviços ligados à cultura underground, mais especificamente moda e música (eletrônica). O local vai oferecer do curso ao visual para o segmento que desde os anos 90 passou de coadjuvante a estrela nos eventos mais modernos do mundo.

A INN HYPE vai contar com dois andares divididos em quatro ambientes: em cima, a área do curso, com duas salas: uma onde serão ministradas as aulas em grupo e uma outra somente para práticas individuais e gravações de sets.

No andar de baixo, record shop com os últimos lançamentos em vinil de techno, eletro, house, drum' n bass, trance e hip hop, além de equipamentos e acessórios para DJ: pick ups, mixers, cápsulas e agulhas, fones e cases.

Como música e moda caminham lado a lado na cena eletrônica, a loja contará ainda com uma multimarcas pra lá de hype: Puma, amulherdopadre, Dizhum, Laundry, Prof. Massau Atta e a grife de cartucheiras Matramba.
Para completar o mix de ambientes, haverá também um lounge para jam sessions , happy hours e chill- inns.

O curso, que conta com a supervisão técnica do DJ e produtor Marcelo Schild, tem o objetivo de levar o aluno a dominar as técnicas básicas de mixagem. Durante as atividades, o aluno terá acesso ao universo que compõe a performance de um grande DJ: as diversas variâncias da música eletrônica e as vertentes mais exploradas e prática, muita prática! Os participantes terão, à sua disposição, equipamentos profissionais e um atendimento personalizado, graças ao limitado número de alunos por turma. Entre os instrutores, alguns dos mais atuantes DJs da cena eletrônica carioca atual, como Jairo Venâncio (techno) Jay B (hard house), Mario Bros (drum?n bass) e Pachu (hip hop).

Ao fim do curso, o aluno terá direito a gravar seu set, com suas músicas favoritas e vai aprender, com certeza, a diferença entre mixar e "trocar de música", artifício corriqueiro entre a maioria daqueles que se julgam DJs.

As inscrições para as primeiras turmas, que começam no próximo dia 14/09, já podem ser feitas pelo site www.innhype.com.br.

30.8.04

NEW YORK TEM DESSAS COISAS

CONEXÃO N.Y.
Paulo Grillo


New York tem dessas coisas


Imagine estar em New York de bicicleta e dentro de cinco minutos se ver imerso em um protesto anti-Bush, ao lado de pelo menos outros duzentos ciclistas (cinco mil no total, segundo a NYPD)? New York tem dessas coisas.

O espírito de liberdade e rebeldia em relação a qualquer forma de conservadorismo é algo que, reza a lenda, corre no sangue de qualquer nova-iorquino - e nova-iorquino, leia-se, qualquer um que more por algum tempo aqui. Eu, que estou aqui ha quatro meses, tinha essa noção mais pelo boca a boca, pelo noticiário. A Parada Gay, que foi meu maior evento publico por aqui, tinha lá seus traços políticos indicando essa aptidão natural do nova-iorquino em protestar, mas até aí tudo acabou em festa, como foi aí no Rio.

Mais interessante, então, foi que meu debut nessa arte de protestar em New York aconteceu um pouco por acaso. Estava de bicicleta na cidade, minha primeira ida sobre rodas. New York tem muitos ciclistas pelas ruas, muitos deles são delivery boys, messengers, outros são verdadeiros militantes do clube não polua o ar da cidade (inclusive ha uma camisa típica entre ciclistas daqui com os dizeres ?One Less Car?). Na verdade, estava de bicicleta pois ia tratar de assuntos pessoais que envolviam a necessidade de se ter uma bicicleta. Mas depois, no meu tempo livre, quis aproveitar as largas avenidas e dar uma volta meio sem rumo... just for fun!

Enquanto rodava pela cidade via uma quantidade enorme de policiais, muitos desvios no trânsito, tudo isso por conta da Convenção Nacional Republicana, que acontece no Madison Square Garden, a partir desta semana. Tentei fugir então de toda a confusão que estava por lá - eu passava exatamente entre a 31 e 32, na porta do MSG - e imaginei que no Union Square talvez estivesse cheio de gente, inclusive alguns protestantes. Lá, que é um ponto de encontro de muitos jovens (e meu lugar preferido daqui), é também o santuário da cena política e cultural da cidade, com muitas apresentações de artes variadas, gente dançando break, outras falando em megafones sobre o abuso da guerra, o direito dos gays, além, é claro, do maior numero de gente cool por metro quadrado na cidade.

Não demorou nem cinco minutos ao estar lá para que visse um monte de gente amontoada na beira da calçada vendo algo passar. Eu e minha bicicleta chegamos perto e a primeira coisa que me veio à cabeça quando vi aquela quantidade de ciclistas gritando ?No More Bush, No More Bush? foi que não podia existir melhor exemplo de right timing. Eu podia estar lá no Union Square, afinal sempre estou, mas de bicicleta, e no dia em que um protesto de bicicleta toma conta da maior parte dos noticiários da cidade? Por favor...

Meti-me no meio de toda aquelas rodas e nessa hora a gente sente que tudo que víamos na televisão, de um mundo tão longe, estava ali, agora, diante dos nossos olhos. Eu não sabia o que estava acontecendo, tinha um pouco de vergonha de perguntar ao meu vizinho de rodas algo como: ?mas afinal estamos protestando contra o que??. Não queria passar por bobo, mas também não ia perder a oportunidade de fazer parte de tudo aquilo, até porque entre meus amigos ciclistas havia uma com a bandeira do arco íris (ok, causa gay!), outros vestidos de vaca, chapéus de coelhinho, de palhaço (ok, não entendi, mas parecia divertido) e claro os refrões anti-Bush, que no fim tiraram a minha duvida: era um monte de gente diferente, mas todos com a mesma idéia, a de que Bush não podia escolher New York para ser nomeado oficialmente candidato à reeleição e passar impune.

Essa foi uma pergunta que me fiz mais de uma vez, inclusive. Bush leva a fama de burro e em momentos como esse faz completo sentido: qualquer pesquisa em New York atesta uma derrota catastrófica para Bush, então por que se meter aqui para fazer a grande festa republicana - o mais conservador dos partidos, na mais liberal das cidades.

No protesto das bicicletas tomamos como a 5ª e a 6ª avenidas de assalto e não houve polícia que nos impedisse. Muito inteligente foi a idéia de se fazer um protesto sobre rodas (como ficou conhecido por aqui) por que não havia como conter um número de gente tão grande com capacidade de se dispersar muito rápido pela cidade. O efeito foi devastador! A cidade parou desde a Houston St., no sul da ilha, até a parte mais baixa do Central Park. A idéia se resume ao refrão que gritavam: ?Who`s Street??, ?Our Street!?.

O protesto sobre rodas foi o primeiro de uma lista extensa de manifestações que vão pipocar pela cidade durante esta semana. Tirando a derrota judicial que impediu um grupo de tomar o Central Park para uma passeata que imaginava reunir quinhentas mil pessoas, essa é a hora mais feliz para New York se fazer escutar em sua tradição militante e liberal. De quem é a rua, New York se pergunta. Da aceitação, das diferenças, da extravagância, da falta de culpa, ou do moralismo ultra-radical republicano? Bush escolheu mal o lugar para montar a sua festa. E não vai ter nada melhor para fazer nesta semana do que bancar o estraga prazeres.

25.8.04

PHIL WEEKS @ ZOO SESSIONS

Phil Weeks @ Zoo Sessions
:: Serviço | Release




Depois do sucesso das festas Freak Boat (reveillon 2004) e Fuckin' Freak (carnaval 2004) o clube paulista D-Edge e o selo carioca Zoo Records preparam para o dia 28 de agosto (sábado), a festa Zoo Sessions, com a presença do DJ francês Phil Weeks - um dos maiores produtores de house da atualidade.

Pela primeira vez no Rio o famoso DJ e produtor fará uma única apresentação no Rio, no novo espaço Pátio Lounge, no Jóquei Club, que tem pista com capacidade para 500 pessoas. A festa rola até às 7h e conta ainda com os DJs: Márcio Careca, Jonas Rocha, Léo Janeiro e Renato Raties (SP)





Phil Weeks


No ano de 2000, Phil Weeks lançou o bem sucedido selo ROBSOUL RECORDINGS, selo que teve sua reputação imediatamente elevada no mundo da House Music. Os lançamentos da Robsoul são impregnados do influências Hip Hop, Break Beat e Funk. E Trazem o lado mais deep e hipnótico da House Music. As produções de Phil Weeks são bem conhecidas ao redor do mundo, e suas músicas são incluídas nos playlist de Top djs como: Derrick Carter, Mark Farina, Luke Solomon, Rasoul, IZ, Kevin Yost, Mazi e outros. Phil começou a lançar seus próprios discos quando conheceu David Duriez que o encorajou a criar o selo Robsoul, que já lançou músicas de Derrick Carter, Hector Moralez, Tony Senghore, Rasoul, Brett Johnson, David Duriez e Llorca. Desde o começo Phil Weeks desenvolveu sua própria sonoridade para a house music, criando sua característica identidade e muitas vezes utilizando a sua própria voz nas produções. Phil é o primeiro produtor francês a lançar um EP no prestigioso selo Music For Freaks (MFF) de Luke Solomon e Justin Harris.



Renato Ratier [segundo na foto]


Renato Ratier, 31 anos, três de carreira, pode ser considerado uma das maiores promessas da house music brasileira. Sua carreira começa aos 18 anos quando foi morar na Califórnia (USA), onde se apaixona pela cena underground e pela música eletrônica.

De volta ao Brasil, trouxe material, cultura, diversão e informação para sua cidade, numa iniciativa única para a cena eletrônica Brasileira. Em 1996 promoveu sua primeira festa em Campo Grande (MS) para convidados e este foi o ponto de partida para a implementação de uma nova cultura na cidade. Desse evento seguiram-se outras festas e a abertura do club D.Edge, de Campo Grande, e, este ano, a abertura do club D.Edge São Paulo.

Seus sets são repletos de elementos negros da música de Chicago (USA), os passeios e flertes com outros estilos musicais, tais como, o rock, o hip hop e o electro são permitidos, causando assim efeitos harmônicos de uma riqueza musical profunda, mas jamais se afastando da identidade de sua apresentação: o funk e o groove. Entre seus Djs favoritos na cena mundial destacam-se Derrick Carter como produtor e Dj e Mark Farina como Dj. Na cena nacional cita alguns nomes como Jonas Rocha, Gustavo Tatá, Gustavo M.M e Guilherminho, no Rio de Janeiro, além de Luís Pareto e Marcos Morcef em São Paulo. Atualmente é residente da noite Freak Chic, em São Paulo, projeto de sua criação conceitual juntamente com seu parceiros na residência Luiz Pareto e Marcos Morcef. Renato já se apresentou nas melhores casas de São Paulo, tais como Lov.e, Stereo, Piranha, Living Room, D.Edge, em algumas raves, além da Parada da AME, ocorrida no último dia 26 de novembro para um público estimado em 150.000 pessoas. Também já se apresentou ao lado de grandes nomes da House Music mundial, tais como Collin Dale, Laio & Bushwaca, Richard Gray, Cristian Smitth, C1, Trevor Rocklife, Azad Rizivi, Rino Cerrone e entre outros.

Jonas Rocha
Renato Ratier
Márcio Careca
Léo Janeiro


SERVIÇO

Zoo Sessions
Sábado : 28 de Agosto

Local:

Pátio Lounge
Pça santos Dumont - Gávea
Horário: 23h30
Capacidade: 500 lugares


Line up:

Márcio Careca (x-demente)
Léo Janeiro (eletropan)
Jonas Rocha (Zoo Records)
Phil Weeks - França (Robsoul Recordings)
Renato Ratier- SP (Freak-Chic)

Ingressos:

R$ 20,00 homem
R$15,00 mulher
Antecipados na loja Colcci do Rio Sul (21 25429617)

Info: www.pixelbrasil.com/zoosessions

29.7.04

FAHRENHEIT 9/11

CONEXÃO N.Y.
Paulo Grillo

FAHRENHEIT 9/11 NÃO É O QUE SE ESPERA



Uma das coisas que me lembrei quando vi Fahrenheit 9/11 foi minha aula da faculdade sobre documentários. Meu professor dizia: um documentário é aquilo que o diretor decide chamar de documentário. Fahrenheit 9/11 portanto é um documentário. Mas, durante as discussões nessas aulas, uma das coisas que ficou claro para mim é que, ainda que nenhum documentário possa transmitir uma verdade crua, ele precisa ser muito bem apurado na escolha de seus argumentos (ou fatos).

Fahrenheit 9/11 ganhou a Palma de Ouro em Cannes, tem a assinatura de Michael Moore, do inteligentíssimo 'Tiros em Columbine' e é também a primeira obra cinematográfica que trata do ponto mais delicado das questões que hoje envolvem o mundo: o antídoto inventado por Bush para o terrorismo. É um filme que promete levar multidões ao cinema, é a única obra que toca no assunto mais discutido em todo o mundo. Entretanto, a expectativa que o documentário é capaz de gerar é sua maior armadilha e por isso me lembro das minhas aulas da universidade.

O pensamento corrente nos Estados Unidos relacionado à política traz traços de um maniqueísmo medieval. A mídia em grande parte alimenta este tipo de pensamento, porque em vez de discussões sobre idéias, a maioria das manchetes aponta traços da personalidade de Bush ou Kerry, o tipo de vida que levam, quanto tem no banco cada um e se suas mulheres são ou não representantes do clássico estilo 'happy homemaker'. O princípio básico do julgamento dos candidatos aqui se baseia numa idéia que recorda, ainda que sob uma cortina de fumaça, o nazi-fascismo e o culto ao líder.

Lembro-me que pouco tempo atrás, a campanha de Kerry, dizia o New York Post, estava entrando em ruínas por causa do 'escândalo' (aspas do jornal) que foi a polêmica envolvendo o fato de ele ter jogado fora ou não suas medalhas de honra pela guerra do Vietnã. Ou de Bush na ciranda jornalística porque crê na sua missão de propagar os valores morais americanos em sua campanha contra o casamento gay. Não me recordo, entretanto, de uma matéria que apontasse de uma maneira detalhada as idéias dos candidatos para, por exemplo, a reconstrução do Iraque. Tudo se centra no mito em torno da figura do lider - não da máquina que, todos sabem, é, de fato, um governo.

Essa é a mesma linha de pensamento com que Moore nos brinda em Fahrenheit 9/11. Ele nestas duas horas de filme nos apresenta momentos felizes de um ponto de vista, mas parece minguar um jogo que se dá como ganho. E por que? Em grande parte por deixar transparecer que está travando uma batalha pessoal contra George W. Bush, não contra suas ações como presidente.

Não é difícil apontar as incoerências de uma administração ultra-conservadora, que trava uma guerra e dissemina uma perseguição dentro e fora dos Estados Unidos. Por isso me pergunto por que tentar colar a imagem de Bin Laden a de Bush. Não parece muito maniqueísta - primeiro corroborar a ideia de que Bin Laden representa o mal e segundo tentar colar em Bush o mesmo status? Outra pergunta que me faço: como pode um documentário se opor a uma era do culto ao lider, do chamado 'Chief in Comand', e colocar em um pedestal, logo em seus primeiros minutos de filme, o democrata Al Gore?

Além desse princípio - que rende a Moore um pensamento crítico tão restrito quanto o do New York Post (e as medalhas de Kerry) -, há ainda um problema envolvendo sua credibilidade. Dos muitos argumentos que são colocados em dúvida pela imprensa e pela crítica, um é bastante questionado: o de que a Fox News - empresa com fortes conexões com a família de Bush - foi a primeira a tirar a vitória de Al Gore na Flórida, o que teria levado muita gente a desistir de votar por ele.

Michael Moore chama seu filme de documentário, entretanto isso seria mais plausível, se no corte final estivessem somente cenas marcantes como a da mãe que perde seu filho na Guerra do Iraque, ou da piada ácida e inteligentíssima que são os congressistas americanos fugindo de um papel e caneta que poderiam enviar seus filhos ao Iraque. Da obra de arte, de denúncia, que se podia fazer desse documentário, o que se vê é algo muito aquém da expectativa que gera, tanto pela limitação imposta a Moore por seus valores culturais americanos, quanto por sua gana de fazer algo politicamente (o filme foi lançado as vésperas da eleição) para impedir uma possível prorrogação de quatro anos na Era Bush. A gente vê um filme de alguém que quer muito queimar uma outra pessoa. Tanto, que chega às vezes a sair como um tiro pela culatra, como quando alguns republicanos, com razão, diminuem o eco da crítica anti-bush, pela falta de verdade ou de força de seus argumentos.

* * *



Nota da redação:
Fahrenheit 9/11 tem estréia no Brasil dia 30/07.
Assista e deixe seu comentário aqui!

27.7.04

REAL - SÉRIE KING MASTERS

REAL - SÉRIE KING MASTERS
:: Serviço

O groove Real está de volta. A festa que juntou o funk de Marlboro ao electro do DJ carioca Maurício Lopes tem nova edição marcada para 30 de julho, sexta-feira, na Bunker.

A primeira Real, em fevereiro deste ano, lotou a extinta boate The Cube, em Copacabana e mostrou que na Zona Sul o funk também veio pra ficar. A combinação já tinha se mostrada explosiva quando, durante o Tim Festival de 2003, DJ Marlboro fechou a noite da não menos bombástica Peaches, com clássicos do funk Made In Rio.

Depois de botar pra dançar milhares de pessoas nos bailes espalhados pelo Rio por mais de uma década, o funk carioca, enfim, conquistou seu lugar no mundo. As batidas graves foram a estrela maior do festival eletrônico Sónar, na Espanha, e ecoaram bonito no estacionamento da Selfridges, em Londres, durante a mostra "Brasil 40 degress", que reuniu um pouco de tudo que o Brasil tem de bom.

A cachaça brasileira estava lá, assim como a moda feita na Rocinha e o funk do DJ Marlboro.

E já que entre o electro e o funk existem mais semelhanças que diversidades e muitos e muitos fãs por que não repetir a dose? Os produtores da Tosco e Technofriends se unem mais uma vez para produzir esta segunda edição da Real, reafirmando as batidas marcadas de ambos os gêneros como preferidas dos cariocas.

OS DJS:

Marlboro - residente

Na história do funk carioca, Fernando Luís Mattos da Matta, o DJ Marlboro, é protagonista. Foi ele um dos pioneiros do movimento no Rio em 1989, quando abocanhou o primeiro lugar do "Campeonato Brasileiro de DJS". Neste mesmo ano, Marlboro representou o Brasil em Londres, onde foi reconhecido como um dos dez melhores DJS do mundo. Depois de muito chão, bailes e amor ao funk, Marlboro chegou ao festival Summer Stage, em junho de 2003, no Central Park, em Nova York. Foi o primeiro DJ convidado a tocar na história do festival e sua passagem pelos Estados Unidos contou ainda com shows em Nova Jersey, Chicago e Boston. Atualmente, além de comandar inúmeros bailes pelo Rio, Marlboro apresenta o programa Big Mix na rádio FM O DIA, de segunda a sábado, das 16h às 18h.

Maurício Lopes - residente

O DJ e produtor Maurício Lopes começou sua carreira em 1992, quando tocava na noite eletrônica do clube Kitschnet. Desde 97 é residente da festa OOPS!! e já participou de eventos como Skol Beats e Bavaria Vibe, ao lado de grandes nomes da cena eletrônica mundial. Seu estilo é marcado por uma mistura equilibrada de elementos de house, techno e electro. Como produtor desenvolve ao lado do DJ Marcelo Schild o projeto Iron Nipples, que lança seu primeiro single dia 31 de julho pelo selo alemão Müller Records do DJ Frank Muller, mais conhecido como Beroshima. São responsáveis pelos remixes de "Beat Acelerado" e "Sândalo de Dândi", do novo álbum do grupo Metrô. Em parceria com o DJ Memê, Mau Lopes co-produziu a versão electro de "Eu e Você" na coletânea remixes de Tim Maia.

Rafael RM2 - convidado

DJ há 15 anos, Rafael RM2 acompanhou o crescimento da cena eletrônica brasileira quando aos 18 anos começou a tocar no 1o after-hours do Rio de Janeiro, em 95. Já se apresentou nas principais festas e festivais de música eletrônica da cidade. Atualmente é residente do mais tradicional 'club underground' do Rio de Janeiro, a boate Dama de Ferro, em Ipanema. Devido à sua apreciação por diversos estilos eletrônicos e boa técnica de mixagem, RM2 vai do deep e tradicional house ao tech-house, passando pelo eletro-funk e breakbeats. Sempre com uma predominância "funky" em todas as músicas que toca. Esta flexibilidade lhe disponibiliza apresentar-se com Djs de House, Techno e Electro. Há quatro anos RM2 atua como produtor e para o evento de moda "FASHION RIO 2004" produziu seis trilhas sonoras (com Mr. Spacelly e Bruno LT) para os desfiles de novos estilistas idealizado pelo "RIO MODA HYPE". Assinou individualmente a trilha da marca "TOTEM PRAIA", no mesmo evento.




Real - Serviço:

PISTA 1 - ELECTRO + FUNK - REAL
- DJ Rafael RM2
- DJ Maurício Lopes
- DJ Marlboro


PISTA 2 - ROCK - PARANOID ANDROID
- DJ BUBA
- DJ EDUARDO MULDER

PISTA 3 - ELECTRO - E-HEAD
- DJ ZIGGY




Data: 30 de julho, sexta-feira.

Local: Bunker94.
Endereço: R. Raul Pompéia, 94 - Copacabana tel: (21) 2521 0367.

Horário: 23:30 às 7h.

Preços:
Na porta: $10 com flyer
$20 sem flyer
Antecipados limitados = $10 sem flyer

Vendas antecipadas:
Hush Hush - Teixeira de Melo, 43/lj A - Ipanema. Tel: 2523 7500
Animatrix - General San Martin, 697 - Leblon. Tel: 2294 9183
Bazai Tattoo - Conde de Bonfim, 346/ljs 312/313/317 - Tijuca. Tel: 2264-6712.
Bunker94 - Raul Pompéia, 94 - Copacabana. Tel: 2125 0367.

IMPRIMA SEU FLYER AQUI!


20.7.04

ARMAZÉM ELETRÔNICO

ARMAZÉM ELETRÔNICO - música eletrônica no Cais!
:: serviço | promoção (AG)

Drumagick, David Tabalipa, Breno Ung e Cobra fazem parte da primeira edição da festa!

No próximo dia 24 de julho um novo evento aterriza no Armazém do Rio. O Armazém Eletrônico reunirá grandes nomes da música eletrônica. Um evento conceitual que, além de oferecer o melhor do gênero, trará sempre importantes produções de artistas nacionais.

Na noite de estréia o duo paulista Drumagick mostra por que é a nova promessa do drum?n?bass, seguindo os passos de artistas consagrados como Marky, Xerxes e Patife. O Armazém Eletrônico será o ponto de partida para a turnê de lançamento do novo álbum de Drumagick, Checkmate. Do Brasil eles seguem para a Europa e Japão.

Ao lado dos DJ`s Cobra (techno), David Tabalipa (Breaks e Drum and Bass) e Breno Ung (Electro), que se revezam nas pick ups, Drumagick se apresenta pela primeira vez depois do lançamento do novo álbum, revelando os segredos de seu sucesso, que já tem ecos fora do Brasil.

O Armazém Eletrônico aposta na diversificação, com vários estilos do gênero se alternando na pista. Para isso, estarão no comando das pick-ups DJ`s de techno, electro, house, drum`bass, progressive, entre outros, apresentando 10 horas ininterruptas de som.

Além das atrações convidadas, o Armazém Eletrônico conta com o charme do Armazém do Rio, hoje um dos locais mais procurados pelo público jovem antenado com as novas tendências.

DRUMAGICK

Originários da primeira leva de DJs-produtores brasileiros de drum?n?bass, como Xerxes de Oliveira (Xrls Land), Marky, Patife e Ramilson Maia, o duo Drumagick ganhou atenção no exterior em 2002 com sua música ?Easy Boom? (que contém samples da ?Take It Easy My Brother Charly? de Jorge Ben). A faixa foi considerada por muitos DJs da Europa e Estados Unidos como uma das melhores do ano.

Depois do sucesso de seu último álbum, Malandragem, os irmãos Jr Deep e Guilherme Lopes estão de volta em plena forma com Checkmate, seu mais novo álbum.

Famosos mundialmente por sua mescla única de d?n?b e música brasileira, os garotos da Zona Sul de São Paulo vão muito além disso e mostram todas suas influências, experimentos e facetas. Sempre tendo como principal inspiração as diversas vertentes da música negra. Samples alterados, baixos grudentos, timbres diferenciados e batidas inteligentes. Muito Soul, Funk, Jazz e Samba. Em casa ou na pista, Checkmate mantém o groove das batidas quebradas como principal ingrediente.

Desde o início da década de 90 o drum?n?bass vem se firmando na cena eletrônica do Brasil. Depois de um boom por volta de 1994, apenas DJ?s de ponta da cena como Xerxes, Marky, Andy, Patife continuaram apostando no movimento. Anos mais tarde, já no final da década, o drum?n?bass passou a ser uma das principais formas de expressão da música eletrônica mundial. Hoje, conquistado o tão merecido e esperado espaço na mídia, o país se destaca na produção dentro do gênero, exportando suas batidas fascinantes, misturas, groove e, principalmente, talentos made in brazil.

Os irmãos acompanharam o movimento e desde 1996 trabalham no projeto Drumagick, cujo resultado é a fusão de sonoridades da ponte Brasil-Europa-Estados Unidos, tendo como marca o estilo urbano típico de uma metrópole cosmopolita como São Paulo. A sede de informação e o amadurecimento da dupla desde o lançamento de seu primeiro álbum em 2000, confirma definitivamente Checkmate como um dos melhores álbuns da cultura DJ brasileira e consagra Drumagick como um dos mais promissores talentos musicais da nova geração.



Programação/ Line-up:

David Tabalipa
Drumagick
Breno Ung
Cobra

Serviço:
Armazém Eletrônico
Armazém do Rio - Armazém 5, Av Rodrigues Alves s/n ? Cais do Porto

300 entradas a 15 reais com direito a 6 cervejas (antecipado)
Entradas a 20 reais com direto a 6 cervejas (antecipado)
Entradas a 20 reais com direito a 2 cervejas (antecipado)
Na hora 40 reais, 20 reais ? sem cerveja ? com filipeta

Pontos de venda:

U2 ? Rio Sul/ Barra Shopping
Royal Tatoo - Copacabana
+ que demais ? Shopping Tijuca (quiosque)
Lojas Select: Posto Sao Bento, Icaraí / Posto Hípica, Jardim Botânico, 568

PROMOÇÃO

Envie um email para promo@cenacarioca.com.br com: nome completo, RG, idade e uma frase dizendo porque o Armazém (Cais do Porto) é um dos lugares mais bacanas da cidade. A promoção vai até quinta! Serão sorteados 10 convites!

4.7.04

PARADA GAY NY: HORA H

CONEXÃO N.Y.
Paulo Grillo

PARADA DO ORGULHO GAY: A HORA H.



Uma revolução acontece em Nova York e dentro de pouco tempo o mundo não será mais o mesmo. É questão de poucos anos a instituição legal do casamento entre pessoas do mesmo sexo nos Estados Unidos e o efeito disso vai ser uma onda de ânimo nos demais países onde os gays hoje pensam e fazem muito pouco pelos seus direitos.

Uma estrutura forte e desenvolvida é a principal característica que apresenta esse grupo social nos Estados Unidos em relação ao mesmo grupo no Brasil, por exemplo. Aqui, os gays detêm uma espécie de `mini-estado` em função dos interesses que, até ontem queria chegar no fim do estigma que a homossexualidade é uma doença, e que hoje vai muito além: disputa com unhas e dentes o direito legal de os gays receberem o mesmo benefício a que têm direito os héteros. Uma imprensa especializada é uma das armas com que batalham os gays por aqui. A revista `The Advocate`, por exemplo, é a bíblia do ponto de vista daquilo que todo gay precisa saber a respeito do que já foi conquistado político e culturalmente pela `classe` e quanto ainda falta para se chegar a uma total paridade com os héteros. Desde inimigos no Congresso americano, até os bons efeitos do show de TV 'Queer Eye for The Straight Guy' no cinturão bíblico do meio-oeste americano, a revista é o exemplo do avanço da estrutura que dispõem os gays americanos para defender seus interesses; sem paralelos com o Brasil, que ainda engatinha na formação de mídia especializada no assunto e cujo maior ícone ainda é a G Magazine.

Algumas tentativas desse mercado no nosso país avançam pouco, sendo sua maior representatividade os sites da internet - sendo o Mix Brasil o top da linha. Mas isso é pequeno se comparado à infinidade de jornais e revistas que abordam as questões gays por aqui, como a Metro, ou o Village Voice.

O ponto que parece fazer surtir a diferença entre a organização dos dois grupos, no Brasil e Estados Unidos, é que aqui há uma disponibilidade de dinheiro muito maior voltada para o que venha ser pró-gay. Investimentos que se revertem em lucro, e não só material, mas ideológico. "Queer Eye for The Straight Guy" foi uma das grandes vitórias da comunidade gay dos EUA no ano passado porque foi um espetáculo em termos de audiência. Esse fato representa diretamente o reconhecimento dos gays como parte da cultura americana, assim como a família tradicional, assim como os hamburgueres. Não é à toa que na refilmagem de "The Stepford Wives" (um blockbuster por aqui) foi incluído um casal gay, na fábula da pequena urbe tradicionalmente americana, assim como tantos 'Will & Grace' e derivados estão por aqui.

Essa presença no cenário cultural é fruto do investimento dos, por assim dizer, mecenas gays, que gastam rios de dinheiro - que têm de sobra - em produtos que levam sua bandeira. E já sabem disso várias empresas americanas, como a Budweiser, por exemplo, que aplica dentro de sua companhia uma política de igualdade no tratamento e benefícios entre seus funcionários gays e héteros; as chamadas 'Gay Friendly Companies', com o objetivo de o consumidor pensar nisso ao comprar um produto. É uma troca justa e que parece funcionar, se levarmos em conta a maciça campanha que fazem os veículos especializados a favor das Gay Friendly.

Há inúmeros fatores que em conjunto fazem pressão suficiente e, mais importante, constante para que o barulho não cesse na porta dos ultra-conservadores. Que tal pensarmos, por exemplo, que aqui no verão passado foi eleito para a Igreja Episcopal Americana o primeiro bispo assumidamente gay; que o musical Hairspray - com um time de escritores gays - levou o Tony (e de quebra houve beijinhos ao vivo na TV, na entrega do prêmio); que as leis de sodomia aplicadas aos homossexuais foram derrubadas no estado do Texas com uma crítica tão forte dos legisladores que o casamento gay foi dado como a próxima conquista da lista?

Na Parada Gay de Nova York, no último domingo, entre um festeiro e outro, estava um representante dos Direitos Humanos colhendo fundos e distribuindo adesivos e pins com o objetivo de impedir que um projeto de lei do presidente Bush seja aprovado no Congresso, tornando ilegais mais de mil direitos adquiridos pelos gays nos EUA, entre eles o direito de visita aos parceiros, quando hospitalizados, e adoção de criancas por casais do mesmo sexo.

Diferentemente do Brasil, o cenário montado para uma pressão suficientemente forte com o objetivo de mudar a lei em âmbito federal (pois em Massachussets os gays já se casam) é exponencialmente mais favorável por aqui, porque, como vimos, não se fala de uma campanha pequena, uma vez ao ano, que perde os holofotes para as demais campanhas pequenas, que, no fim, malogram. Uma revolução acontece nos Estados Unidos e, aqui em Nova York, sua expressão dá essa certeza: para os gays daqui, essa é a hora h!

28.6.04

HORÓSCOPO BIBA CLUBBER

HORÓSCOPO BIBA CLUBBER
Pela mãe de santo, modelo e orixá Virgínia de Gómez
:: humor (AG)




Um pouco de humor original não faz mal a ninguém, né?
Então, qual é o seu regente?
Leia as opções abaixo e identifique-se!

Cedido por: www.fotolog.net/g_cintra



GRETCHEN

Amigo gretcheniano, aquela dieta que você fez está dando certo. A tão sonhada calça cintura baixa comprada com o suado dinheiro da mesada que seu pai te dá, finalmente vai servir. O fim de semana pede uma dança no queijo. Cuidado apenas com aquela michele morena que te olha torto, ela poderá te empurrar lá de cima.


ARACY DE ALMEIDA

Caro leitor de Aracy de Almeida, você é propenso ao mau humor. Uma discussão com seu amigo vendedor de loja poderá trazer poucos descontos daqui pra frente. Pense bem. Sua imagem na noite depende muito disso. Calma, aracyniano! Respire fundo, conte até dez e bola pra frente!


ANGÉLICA

A conta pendurada na barraca da Farme e na carrocinha de cachorro quente em frente à Le Boy vão finalmente ser pagas pelo bofe gringo que você arrumou. Você poderá então voltar a frequentar o circuito, mas vá com calma! Os angelicanos são pessoas muito distraídas. Um bump no bullet de um estranho pode acabar com sua noite. Faça a fina e leve o seu.


PAULO MALUF


Você que é de Paulo Maluf, terá uma semana complicada em relação às finanças. Chegará a entrar em desespero ao saber que só terá dinheiro suficiente para comprar 8 balas pra festa de sábado. Depois de chantagear sua avó, você conseguirá finalmente juntar 12, mas um belo teto preto estragará a festa.


SANDY

Amigo de Sandy, não pense que sua família não sabe de nada. Nem todos os pais são como o do vizinho. Eles se fazem de bobos, pra não morrer de desgosto por terem filhos homossexuais e drogados.


ELKE MARAVILHA

Caro amigo Elkeniano, não pense que ninguém percebe aquela maquiagem que vc passa antes de sair. Assuma a jaca que vc se joga ou fique em casa sábado à noite. Não lhe fará mal algum.


ANA CAROLINA

Amiga de Ana Carolina, por mais que você tente, o Gilles não vai deixar você usar o vip essa semana, pois esse privilégio é das bichas. O jeito é esperar elas sairem da le le e dar uma passadinha na Freedom ou no Dama.


SIDNEY MAGAL


A festa que é sua vida, leitor de sidney magal, um dia vai acabar. Do mesmo jeito que acabou seu papel higiênico duas semanas atrás. Consertar aquela lâmpada do corredor seria uma boa. As visitas já estão reparando.


REGINA DUARTE

Os nascidos sob o signo de Regina Duarte são pessoas muito passionais. Costumam sempre dizer "My life is a drama!". Pessoas indesejáveis quando cruzam o seu caminho correm sério risco de serem agredidas. Uma garrafada na parede num canto da boite pode aliviar a tensão, pense nisso.


LUCIANO ZAFIR

Se todas as bichas que a gente conhece se autodizem ativas, quem são as passivas? Pense nisso amigo Zafiriano e libere logo esse rabo!


RITA CADILLAC

Você não vai conquistar o bofe rebolando ao som da dança da manivela em frente ao Bofetada. As pessoas de Rita Cadillac precisam se dar ao respeito e parar de frequentar botecos "pé sujo".


NELSON RUBENS

Não deixe que intrigas e fofocas de amigas maldosas a faça desistir do seu sonho de morar na Europa. Chegando lá, compre um perfume Gucci e um tênis da New Balance. Será o ponta pé inicial pra uma nova vida. Como vingança, abra um fotolog e esfregue na cara delas as fotos de sua viagem.

Argumento: Mariana Alcântara (correspondente da sucursal West Hollywood)

Se você quer uma previsão séria, acesse nosso horóscopo diário.